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ELETRONIKA
Rap, funk e VJ ganham enfim a carteira de sócios da eletrônica
DO ENVIADO A BELO HORIZONTE
Declaram-se extintos os
gêneros musicais, as fronteiras artísticas e geográficas. Declara-se extinta a música eletrônica, como simples estética. Se há uma
conclusão sobre o festival Eletronika, realizado de 1º a 4 de maio,
em Belo Horizonte, é que um único modo de produção, essencialmente eletrônico, une hoje novatos e veteranos.
O funk do DJ Marlboro, o drum'n'bass de Marky, o rap do
Instituto, a new wave do Stereo
Total e o maracatu de DJ Dolores:
embora suas referências possam
estar espalhadas na linha do tempo do pop, dance ou regional, todos gravitam em torno de um computador -de preferência
portátil- que lhes oferece o graal
da produção multimídia.
Saem os pick-ups, entram os
laptops. Equilibra-se a majestade
dos DJs, únicos e inatingíveis no
palco, e entram os coletivos, videomakers e VJs, que, em não raras ocasiões, duelaram com o próprio áudio pela atenção das quase
10 mil pessoas que assistiram à
quarta e mais ousada edição do
Eletronika fazer história em BH.
O rap, o funk e a imagem podem finalmente pedir sua carteirinha de sócios da produção eletrônica nacional.
(DA)
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