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CURITIBA POP FESTIVAL
Breeders mostram que ainda têm fôlego
Rosa Bastos/Folha Imagem
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Kim Deal, do Breeders, em show no festival curitibano |
THIAGO NEY
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA
Kim Deal ainda está em
forma. Ela ganhou alguns
quilos, não ostenta mais o corpo de musa roqueira do final
dos anos 80, quando tocava
baixo nos Pixies, mas, pelo entusiasmo (de público e banda)
visto no show dos Breeders, sábado, no encerramento do Curitiba Pop Festival (público de 4.000 em dois dias), Kim Deal e
seu grupo ainda se colocam no
primeiro escalão do rock.
A expectativa que cercava a
apresentação do Breeders não
era pouca. Afinal, com Kim
Deal empunhando sua guitarra
e fumando um cigarro atrás do
outro, assistíamos a um pixie
pela primeira vez no Brasil.
Eles, os Breeders (entre eles a
irmã de Kim, Kelley), sabiam
disso e incluíram em seu set
"Gigantic", um hino composto
por Kim para o primeiro álbum do Pixies, "Surfer Rosa".
Após muitas e muitas músicas tocadas -23 ao todo-, os
fãs dos Breeders -e da ex-banda de Kim- saíram da
Ópera de Arame satisfeitos.
Dos outros internacionais, os
grupos Rubin Steiner e Stereo
Total, destaque vai para o primeiro, que fez o público dançar
disco music a partir de laptops,
violoncelo e trombone.
Cena independente
Mas não foi só dos internacionais que viveu o festival. O
evento se propôs a mostrar um panorama do rock independente brasileiro. E conseguiu.
Na sexta, chamaram a atenção os curitibanos Bad Folks
(que trazem o country à esfera
pop), ESS (um eletrônico "sujo" com guitarras) e a distorção
dos mineiros Valv. No sábado,
o público se animou com a Nação Zumbi, com os gaúchos Bidê ou Balde, Cachorro Grande (no final o grupo se meteu numa briga com seguranças ao
tentar quebrar alguns instrumentos) e Walverdes e houve
espaço para o pesado MQN e o
"vintage" Faichecleres.
O jornalista Thiago Ney viajou a
convite da organização do evento
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