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Trip hop e bossa eletrônica se misturam em show de Katia B
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO
O desbunde dos anos 80 tem diversas formas. Amiga de Cazuza e
Bebel Gilberto nos tempos de Circo Voador (RJ), a cantora Katia B
partiu para um caminho mais
metódico e sinuoso. Foi atriz, bailarina, loira no show "Básico Instinto", de Fausto Fawcett, até virar
cantora de vez em 1999.
Em seu segundo e mais recente
álbum, "Só Deixo Meu Coração
na Mão de Quem Pode", Katia
mostra que a ebulição criativa pode ser calma e não menos intensa.
Nos shows de lançamento do CD
em São Paulo, sexta e sábado no
Itaú Cultural, ela apresenta como
é essa mulher que não se entrega
para qualquer um.
"Trata-se de uma mulher que
está pronta para a vida. Ela não é
uma mulher forte, decidida, uma
feminista arrogante que não precisa de nada. Ao contrário, ela
precisa de tudo", diz Katia.
Vindos de estilos diversos, artistas como Fawcett, Pedro Luís, Egberto Gismonti, João Barone, JR
Tostoi, Lucas Santtana e Supla
marcam presença no álbum. Katia segue uma trilha entre o trip
hop de Portishead e a bossa eletrônica de Bebel Gilberto. "É um
estilo que combina muito com a
mulher -é uma música mais lenta, mântrica, mas muito forte."
Segue também visando o mercado exterior, da Europa e do Japão -que já receberam seu disco-, sempre atentos à eletrobossa daqui. "Música brasileira é
"hors-concours" lá fora", diz.
No show, Katia estará com seus
produtores Marcos Suzano, Plínio Profeta e Marcos Cunha.
Amanhã, recebe Curumim e Bid;
no sábado, o marido João Barone.
KATIA B. Show de lançamento do CD
"Só Deixo Meu Coração na Mão de Quem
Pode". Onde: Itaú Cultural (av. Paulista,
149, SP, tel. 0/xx/11/3268-1776).
Quando: sex. e sáb., às 19h30. Entrada
franca (retirar ingr. a partir das 18h).
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