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TEATRO
Canela sensibiliza com bonecos
VALMIR SANTOS
ENVIADO ESPECIAL A CANELA (RS)
Há algo de arcaico e moderno
numa cidade que dedica tanta
atenção ao teatro de bonecos. Arcaico no sentido solar da palavra,
de acreditar na emoção que transforma. E moderno por relevar
uma arte construída sobre o precário, artesanal por excelência.
Canela (RS) encerrou no domingo o seu 12º Festival Internacional de Teatro de Bonecos, que
reforçou um aspecto importante
do teatro de bonecos, o desenvolvimento de uma dramaturgia que
transcenda a tônica dita infantil.
A programação mostrou 12
companhias, quatro delas estrangeiras. Os principais destaques
aliaram técnica e texto. Foi assim
com o argentino Horacio Peralta,
do Teatro Titeres Harapo, com
"Una Historia de Amor", que tratou de temas contundentes como
o suicídio. Foi também com o
grupo alemão Puppet Players,
que contou a história mais triste
do festival, "O Barco a Vapor
Branco", sobre a terna relação de
um neto e seu avô.
O jornalista Valmir Santos viajou a convite da organização do festival.
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