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CRÍTICA
"Paz para sempre", pede o compositor
DA REPORTAGEM LOCAL
Veterano do rock'n'roll,
Frejat sabe o que fazer para
garantir a precisão e a concisão
desejada em "Sobre Nós 2 e o Resto do Mundo". Elas, no entanto,
habitam o mesmo nicho da proteção contra o risco, da garantia de
acerto com o uso mínimo possível
de recursos.
Retrocede, então, em relação à
experiência anterior, que adicionava certo grau de experimentação e surpresa à habitual capacidade de Frejat em criar e cantar
melodias enxutas, redondas, grudentas no sentido legal do pop.
Os modelos perseguidos por ele
parecem ser os dos dias mais ortodoxos de Neil Young, de Carlos
Santana (emulado em "Trapaça
da Dor"), do Barão Vermelho.
Ironicamente, é na parceria
com outro dinossauro -Erasmo
Carlos- que ocorre o sopro mais
divertido de mau comportamento no CD. Em "Paz Nunca Mais",
o cantor e o compositor brigam
no meio da música, e Erasmo ainda faz referência matreira a um
imbroglio musical do longínquo
1976, entre Belchior e Raul Seixas.
Ali o disco ganha adrenalina,
mas é a última faixa, e a tentativa
de decretar "paz para sempre" entre rock (sexo?) e amor já tomou
conta do pedaço.
(PEDRO ALEXANDRE SANCHES)
Sobre Nós 2 e o Resto do Mundo
Artista: Frejat
Lançamento: WEA
Quanto: R$ 28, em média
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