São Paulo, sexta, 6 de junho de 1997.



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OS COLEGAS
Detetives profissionais acham Mort ingênuo

Luiz Carlos Murauskas/ Folha Imagem
Da esq. para a dir., os detetives Angela, Saul, Jorge, Falcão e JR


da Reportagem Local

Cinco detetives particulares de São Paulo foram conferir na quarta-feira as peripécias de seu colega de profissão, Ed Mort, nas telas do cinema.
Depois de algumas risadas na sala de projeção, Angela, JR, Falcão, José Saul Leite e Jorge Leoni foram unânimes: o detetive de Luis Fernando Veríssimo é ingênuo demais e não usa nenhuma técnica profissional.
"O detetive profissional desconfia até da própria sombra e o sigilo, que Ed Mort não tem, é uma das coisas mais importantes", disse Angela, que está no ramo há quase 30 anos.
Já Maria Luiza, a Falcão, companheira de trabalho de Angela há 20 anos, lembra ter conhecido detetives parecidos com Ed Mort. "No Rio de Janeiro tem esses muquifos", afirmou.
Angela prestou assessoria ao filme de Alain Fresnot, sobre o funcionamento de gravadores. "Mas não tem quase nada no filme", disse.
Já JR desconfia que "Ed Mort", o filme, é o piloto para uma série de TV e acredita que o detetive está mais para Dick Tracy do que para a realidade.
Eles levantaram dois pontos positivos para a imagem da categoria exibidos no filme.
O primeiro, segundo José Saul Leite, é que Mort é o único não-corrupto. "Ele não se vende em nenhum momento."
A segunda coisa fiel à realidade, para Jorge Leoni, é que o personagem usa o raciocínio em lugar da violência. "Detetive não sai por aí armado caçando bandido", afirmou. (PD)


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