São Paulo, sábado, 6 de junho de 1998

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MERCADO EDITORIAL
Mais de 30 empresas decidiram não participar de Salão simultâneo em SP
Editoras optam por Bienal do Rio

PATRICIA DECIA
da Reportagem Local

Mais de 30 editoras já decidiram ir apenas à Bienal do Livro do Rio e não comparecer ao 1º Salão Internacional do Livro, evento anual que substitui a Bienal paulistana a partir do ano que vem.
As duas feiras estão programadas para acontecer em abril/maio de 99. A lista (leia quadro ao lado) das que comparecerão apenas a um evento inclui as editoras Rocco, Record, Paz e Terra, Nova Fronteira e 34, entre outras.
Um dos motivos alegados pelas editoras é o interesse em continuar ligadas à marca Bienal, já consagrada, além das dificuldades de participar de dois eventos quase simultâneos.
Altair Brasil, presidente da Câmara Brasileira do Livro, organizadora do Salão, diz não estar preocupado com essas desistências. "Isso só seria significativo se o Salão não estivesse vendido, como está. O que falta vender está reservado para as editoras de outros países", afirmou Brasil.
Em 99, o Salão vai sediar o Silar, evento que reúne editoras de toda a América Latina e acontece um ano em cada país.
Segundo ele, foram comprados 16.750 m2 de um total de 19.000 m2 e o Salão contará com a presença de 500 profissionais (150 do exterior) do setor.
"Em 96, 55 editoras ficaram de fora da Bienal de São Paulo porque não conseguiram espaço. Em 98, foram 48 editoras. Agora, acho que há uma questão financeira, de editoras pequenas que não podem participar de duas feiras", disse.
Brasil diz ainda que acontecerá uma reunião no dia 9, entre a CBL e a Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), onde ele proporá a mudança de data da Bienal carioca para agosto de 99.
"Acho que ainda é possível mudar. Podemos ter duas feiras com os lançamentos do primeiro e depois do segundo semestres."
Brasil afirma que foi uma "disputa de forças" entre Rio e São Paulo a transferência da Bienal carioca para o mesmo mês do Salão.
As duas instituições, no entanto, voltaram a se reunir, segundo Brasil, em busca de uma solução. "Tivemos uma reunião há 12 dias e já fiz a proposta de mudança. Se eles não aceitarem, acho que o Rio sairá perdendo", afirmou.



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