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Peça vê Oriente sem estereótipos
DA REPORTAGEM LOCAL
Pina Bausch e sua companhia, o
Tanztheater Wuppertal, já participaram do Festival de Avignon
três vezes.
O jardim do Palácio dos Papas
foi um dos primeiros espaços
abertos à coreógrafa alemã -a
primeira vez, em 1981, muito ajudou a tornar seu trabalho reconhecido internacionalmente.
Bausch não foi a criadora da
dança-teatro, mas seu nome virou
sinônimo desse conceito. Hoje ela
é apontada como uma das maiores influências das artes cênicas
no século 20.
O espetáculo "O Limpador de
Vidraças" foi criado em 1997, por
meio de uma co-produção com o
festival de artes de Hong Kong.
É um dos mais impressionantes
espetáculos da coreógrafa pois
reúne o vigor dramático de suas
peças, a grandiloquência de seus
cenários (desta vez uma montanha de flores vermelhas de 6 metros que caminha pelo palco) e
um novo sopro de alegria, graças
à entrada de vários jovens bailarinos na companhia.
Da mesma forma que em suas
peças sobre cidades, "O Limpador..." foi fruto de três meses de
pesquisa de todo o Tanztheater
Wuppertal em Hong Kong.
Daí as flores vermelhas, que
caem das árvores no outono na cidade oriental.
Bausch e seus bailarinos criam
os espetáculos a partir do que
vêem e do que sentem, e as peças
tornam-se um cartão postal subjetivo de cada cidade.
Para nossa sorte, a coreógrafa
pretende criar sua nova peça sobre o Brasil ainda neste ano.
No caso de "O Limpador...", a
companhia criou um visão do
Oriente sem estereótipos, com
uma representação lírica e repleta
de humor.
A coreógrafa costuma afirmar
que "dança não precisa de explicações", mas, singelamente, procura justificar de onde vem o romantismo da peça: "Talvez as flores contribuíram para trazer felicidade".
(FCy)
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