São Paulo, quarta-feira, 06 de julho de 2005

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ANÁLISE

No 21, Fibe opina com tom otimista

ESTHER HAMBURGER
ESPECIAL PARA A FOLHA

O mercado de televisão está aquecido. A estréia, anteontem, da nova versão do "Jornal 21", agora ancorado por Lillian Witte Fibe, sinaliza a diversificação das opções de informação na TV.
A volta ao vídeo da jornalista, ex-apresentadora do "Jornal Nacional" e do "Jornal da Globo", é bem-vinda. O momento de crise política é especialmente propício a alternativas que enfatizem opinião, marca registrada da apresentadora.
A opção parece ser pela leveza, com certo tom otimista. Uma pauta variada, com direito a comentários de especialistas, que vão da política institucional, com Fernando Rodrigues, de Brasília, aos bastidores da política, com Mônica Bergamo, passando por Rosely Sayão, sobre os dramas familiares, e a economia, com Maria Cristina Frias, todos jornalistas e colunistas desta Folha.
Lilian estreou um pouco "over" -o penteado excessivo destoou do figurino elegante, cor de vinho, decotado. Com o tempo, a interação com os convidados provavelmente se tornará mais relaxada.
O programa traz ênfase em editorias, recurso do jornal impresso, raro na TV. A vinheta escrita não é a melhor forma de introduzir a mudança de assunto em um meio audiovisual.
A matéria de Andresa Boni sobre o desfile de Fábia Bercseck no São Paulo Fashion Week aponta na direção de uma linha de boas reportagens culturais.
O "Jornal 21" antecede outra novidade do canal, o "Saca Rolha", "talk-show" apresentado por Marcelo Tas, Lobão e Mariana Werckert. Há algumas semanas no ar, o programa ganhou certa bossa, como se pode ver na entrevista com Fernando Bonassi, na mesma segunda-feira.
As novidades no Canal 21 enfrentam o senso comum em tom provocativo. O dinamismo do 21 no telejornalismo precede a estréia de Ana Paula Padrão no SBT. Ganha o espectador com essa concorrência.


Esther Hamburger é antropóloga e professora da ECA-USP

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