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ANÁLISE
No 21, Fibe opina com tom otimista
ESTHER HAMBURGER
ESPECIAL PARA A FOLHA
O mercado de televisão está
aquecido. A estréia, anteontem, da nova versão do "Jornal
21", agora ancorado por Lillian
Witte Fibe, sinaliza a diversificação das opções de informação na
TV.
A volta ao vídeo da jornalista,
ex-apresentadora do "Jornal Nacional" e do "Jornal da Globo", é
bem-vinda. O momento de crise
política é especialmente propício
a alternativas que enfatizem opinião, marca registrada da apresentadora.
A opção parece ser pela leveza,
com certo tom otimista. Uma
pauta variada, com direito a comentários de especialistas, que
vão da política institucional, com
Fernando Rodrigues, de Brasília,
aos bastidores da política, com
Mônica Bergamo, passando por
Rosely Sayão, sobre os dramas familiares, e a economia, com Maria Cristina Frias, todos jornalistas e colunistas desta Folha.
Lilian estreou um pouco "over"
-o penteado excessivo destoou
do figurino elegante, cor de vinho,
decotado. Com o tempo, a interação com os convidados provavelmente se tornará mais relaxada.
O programa traz ênfase em editorias, recurso do jornal impresso, raro na TV. A vinheta escrita
não é a melhor forma de introduzir a mudança de assunto em um
meio audiovisual.
A matéria de Andresa Boni sobre o desfile de Fábia Bercseck no
São Paulo Fashion Week aponta
na direção de uma linha de boas
reportagens culturais.
O "Jornal 21" antecede outra
novidade do canal, o "Saca Rolha", "talk-show" apresentado
por Marcelo Tas, Lobão e Mariana Werckert. Há algumas semanas no ar, o programa ganhou
certa bossa, como se pode ver na
entrevista com Fernando Bonassi,
na mesma segunda-feira.
As novidades no Canal 21 enfrentam o senso comum em tom
provocativo. O dinamismo do 21
no telejornalismo precede a estréia de Ana Paula Padrão no SBT.
Ganha o espectador com essa
concorrência.
Esther Hamburger é antropóloga e
professora da ECA-USP
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