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Três divisões da polícia investigam o caso
da Reportagem Local
Três divisões da polícia civil paulistana investigam separadamente
o caso do Estúdio Abertura.
O incêndio criminoso do estúdio
está nas mãos de Darci Sassi, delegado titular do 16º DP (Vila Clementino). "Estou esperando o
laudo da perícia para começar a
trabalhar. Ainda deve demorar
mais uma semana", afirma.
A procedência da cocaína está
sendo investigada pelo delegado
Luiz Fernando Beato, do Denarc
(Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos).
Segundo Otávio Clemente, o delegado investiga se a droga foi
plantada ou se pertencia a algum
funcionário. "Ele me disse que já
descartou a hipótese de que nossa
empresa traficava", diz Otávio.
Por último, a tentativa de homicídio sofrida por Joaquim Clemente está sendo transferido para
o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
O delegado Sassi, que chefiou o
início da investigação, afirma não
ter descoberto nada. "Esgotei
meus recursos" resume.
A falta de resultados da investigação é vista com irritação por José Carlos Dias, advogado da família. "Ninguém foi ouvido, além do
filho e da mulher da vítima. A polícia precisa procurar pessoas que
se beneficiam com os crimes. Essa
é a trilha que deve ser seguida",
afirma Dias.
Falta de seguro
Otávio Clemente afirma que não
tinha seguro das máquinas, daí o
prejuízo de R$ 6 milhões. "Os telecines eram muito grandes para
serem roubados. E quem ia pensar
que pudesse acontecer isso?"
Mas no terreno da segurança
pessoal, a família não pensou duas
vezes. Seguranças foram contratados logo depois do atentado.
"Não vou nem ao supermercado
sem guarda-costas, diz Mariza
Clemente, 48, mãe de Otávio.
Mariza tem ajudado seu marido
na recuperação. Joaquim já fala algumas palavras e ensaia os primeiros passos com uma bengala.
Hoje, três meses e meio após o
atentado, ainda se alimenta pelo
nariz. Clemente perdeu a epiglote.
Mais grave foi o AVC (acidente
vascular cerebral) que sofreu, provavelmente pela falta de oxigênio
no cérebro até que fosse socorrido. É possível que o empresário fique com sequelas.
(IF)
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