DA REDAÇÃO

Margaret Doll Rod vem, Thee Butchers" Orchestra vai. O trio independente paulistano se prepara para lançar disco e sair em turnê pela Europa ainda neste ano.
Um dos mais conhecidos grupos de rock do cenário não-comercial brasileiro, o TBO -que abrirá alguns shows de Margaret no Brasil- assinou contrato com o selo suíço Voodoo Rhythm Records para o lançamento do sétimo álbum da banda, "Stop Talking about Music", em setembro.
O disco foi produzido pelo norte-americano Tim Kerr, conhecida figura do circuito garage rock dos EUA, que esteve por trás de lançamentos de grupos como Mooney Suzuki e The Makers -Kerr é também integrante do Monkeywrench, ao lado de Mark Arm e Steve Turner, os dois ex-Mudhoney.
"Temos contato com ele há alguns anos, trocando e-mails. Ele tem um currículo impecável", diz Marco Butcher, 35, guitarrista do TBO. "Gravamos bem rápido, em seis, sete dias. Mas ele trabalhou mais tempo, nos arranjos. Foi diferente gravar com ele; é outra mentalidade. É outro jeito de gravar efeitos, percussão. Não faz uso de nenhum artifício."
O Butchers" Orchestra foi formado no final de 1997. Hoje é um trio: além de Marco, estão ali Jonas (bateria) e Adriano Butcher (guitarra, que é também baterista do ótimo Cansei de Ser Sexy).
O álbum será lançado lá fora e chegará ao Brasil apenas no ano que vem. Isso porque o grupo colocou no mercado daqui o sexto disco, "What about Now", em junho último.
"Como o álbum anterior saiu há pouco tempo no Brasil, preferimos lançar este primeiro lá fora. Tínhamos algumas propostas de selos do exterior e resolvemos aceitar. No ano que vem, o "Stop Talking..." sairá aqui, e o "What about..." será lançado na Europa", diz Marco Butcher.
A turnê está acertada para novembro e foi organizada pelo selo suíço. Eles aterrissam primeiro em Berlim (Alemanha). Depois, passam por Itália, República Tcheca, Inglaterra, Espanha... "Vamos rodar bastante."
Será a primeira vez que o TBO deixa o continente sul-americano. Por duas outras vezes, a banda esteve perto de tocar nos EUA.
"Em 2001, tínhamos uma turnê marcada para começar em setembro. Mas vieram os ataques terroristas e tivemos que cancelar", diz Marco. "Depois, em 2003, marcamos outra série de shows por lá. Mas o Jonas teve o pedido de visto negado por duas vezes, então tivemos que cancelar novamente."

Intercâmbio
Com um norte-americano produzindo seu disco e shows na Europa, o TBO tenta romper fronteiras com o rock que se faz pelo mundo. "Já tocamos no Brasil com Superchunk, Jon Spencer.... Eles compram nossos discos, perguntam sobre as novidades. Não existe essa coisa de nacionalidade. Tanto faz de onde você é; o que interessa é se a sua banda é realmente legal", diz Marco. (TN)


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