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MÚSICA
Série de shows que começa no dia 12, com Diana Krall, se encerra em dezembro, com a banda Los Hombres Calientes
Apresentação abre novo festival, a prazo
DA REPORTAGEM LOCAL
Diana Krall é a primeira atração
do Diners Club Jazz Nights. A nova série de eventos começa contrariando as regras básicas dos
festivais. Ao contrário do que fazem o Free Jazz e o Chivas Jazz
Festival -que teve a primeira
edição no ano passado-, o Diners espalhou suas atrações ao
longo do calendário. É uma espécie de festival a prazo.
A primeira parcela acontece no
dia 12, com Diana Krall. A segunda, dia 27. Essa é a data da apresentação do "fera" do saxofone alto Kenny Garrett. A terceira
"prestação" está marcada para 26
de outubro, quando se apresenta
no Bourbon o guitarrista e compositor John Scofield. Completam
o carnê o vocalista Kevin Mahogany (14 e 15 de novembro) e a
banda de Nova Orleans Los Hombres Calientes (6 de dezembro).
"É um formato próximo do que
vem sendo utilizado há muito
tempo no circuito de música erudita, inclusive com venda de assinaturas", aponta Edgar Radesca,
diretor do Bourbon Street e um
dos criadores do festival.
No caso do Diners, também é
possível comprar o pacote completo. Um par de bilhetes para os
cinco espetáculos custa de R$ 495
a R$ 750.
O valor assusta. Mas a escalação
do festival é elevada. Os destaques
são os três primeiros shows. Primeiro, vem Krall, maior combinação atual de sucesso de público
e crítica. Depois é a vez de Garrett.
Um dos nomes de ponta no sax
alto, ele é um dos chamados
"young lions", grupo de artistas
de ponta revelados entre o início
da década de 80 e a década de 90.
Como os outros "leões jovens",
ele flerta com a tradição do jazz,
foi revelado por um gigante do gênero, no caso o trompetista Miles
Davis (1926-1991), e desenvolveu
um trabalho solo com tinturas
mais contemporâneas.
Scofield fecha a trinca de ases. O
também ex-comparsa de Miles
Davis, em uma safra anterior à de
Garrett, é considerado um dos
maiores guitarristas vivos do jazz
(junto com Pat Metheny e Bill Frisell). Ele já esteve ao lado de grandezas diversas, como o trompetista "cool" Chet Baker e o baixista
de vanguarda Charles Mingus.
Hoje, desenvolve estilo próximo
ao fusion, gênero que, como o nome indica, vem da fusão das linguagens como a do jazz e a do
rock e funk.
No próximo dia 12 tem mais
Diana Krall, mas nas lojas de discos. Para a mesma noite em que a
cantora se apresenta em São Paulo está marcado o lançamento do
primeiro DVD da cantora, "Love
Scenes", baseado no CD homônimo, de 1997.
(CASSIANO ELEK MACHADO)
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