São Paulo, quarta-feira, 06 de setembro de 2000

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MÚSICA
Série de shows que começa no dia 12, com Diana Krall, se encerra em dezembro, com a banda Los Hombres Calientes
Apresentação abre novo festival, a prazo

DA REPORTAGEM LOCAL

Diana Krall é a primeira atração do Diners Club Jazz Nights. A nova série de eventos começa contrariando as regras básicas dos festivais. Ao contrário do que fazem o Free Jazz e o Chivas Jazz Festival -que teve a primeira edição no ano passado-, o Diners espalhou suas atrações ao longo do calendário. É uma espécie de festival a prazo.
A primeira parcela acontece no dia 12, com Diana Krall. A segunda, dia 27. Essa é a data da apresentação do "fera" do saxofone alto Kenny Garrett. A terceira "prestação" está marcada para 26 de outubro, quando se apresenta no Bourbon o guitarrista e compositor John Scofield. Completam o carnê o vocalista Kevin Mahogany (14 e 15 de novembro) e a banda de Nova Orleans Los Hombres Calientes (6 de dezembro).
"É um formato próximo do que vem sendo utilizado há muito tempo no circuito de música erudita, inclusive com venda de assinaturas", aponta Edgar Radesca, diretor do Bourbon Street e um dos criadores do festival.
No caso do Diners, também é possível comprar o pacote completo. Um par de bilhetes para os cinco espetáculos custa de R$ 495 a R$ 750.
O valor assusta. Mas a escalação do festival é elevada. Os destaques são os três primeiros shows. Primeiro, vem Krall, maior combinação atual de sucesso de público e crítica. Depois é a vez de Garrett. Um dos nomes de ponta no sax alto, ele é um dos chamados "young lions", grupo de artistas de ponta revelados entre o início da década de 80 e a década de 90.
Como os outros "leões jovens", ele flerta com a tradição do jazz, foi revelado por um gigante do gênero, no caso o trompetista Miles Davis (1926-1991), e desenvolveu um trabalho solo com tinturas mais contemporâneas.
Scofield fecha a trinca de ases. O também ex-comparsa de Miles Davis, em uma safra anterior à de Garrett, é considerado um dos maiores guitarristas vivos do jazz (junto com Pat Metheny e Bill Frisell). Ele já esteve ao lado de grandezas diversas, como o trompetista "cool" Chet Baker e o baixista de vanguarda Charles Mingus. Hoje, desenvolve estilo próximo ao fusion, gênero que, como o nome indica, vem da fusão das linguagens como a do jazz e a do rock e funk.
No próximo dia 12 tem mais Diana Krall, mas nas lojas de discos. Para a mesma noite em que a cantora se apresenta em São Paulo está marcado o lançamento do primeiro DVD da cantora, "Love Scenes", baseado no CD homônimo, de 1997.
(CASSIANO ELEK MACHADO)


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