São Paulo, Segunda-feira, 06 de Setembro de 1999
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Galerias de arte contemporânea perdem espaço

da Reportagem Local

O grande momento cultural que o Rio está passando sublinha também um problema da cidade: o número reduzido de galerias de arte contemporânea, representadas na cidade apenas por nomes como Anna Maria Niemeyer e Paulo Fernandes. Nos anos 80, a cidade chegou a disputar o monopólio galerístico com São Paulo.
Thomas Cohn, que há três anos trocou o Rio por São Paulo, explica esse refluxo com o fortalecimento das instituições no Rio. "Sem a força das grandes instituições, as galerias perderam espaço na mídia e também público. Em São Paulo, temos uma visitação muito maior", disse.
Ainda instalado no Rio, o galerista Paulo Fernandes encontra outras justificativas. "As galerias fecharam não por decadência da arte, mas delas mesmas, que não souberam se adaptar às novas regras do mercado, que está aquecido", disse. Este mês, Paulo Fernandes abre mostras de Rubens Gerchman (dia 14) e José Resende (dia 19).
O marchand Jean Boghici, que trabalha principalmente com obras modernas, acredita também que a Bienal, "por ser um foco capitalizador e distribuidor de energia de arte contemporânea", tenha sido responsável pelo predomínio de São Paulo.


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