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Galerias de arte contemporânea perdem espaço
da Reportagem Local
O grande momento cultural que
o Rio está passando sublinha
também um problema da cidade:
o número reduzido de galerias de
arte contemporânea, representadas na cidade apenas por nomes
como Anna Maria Niemeyer e
Paulo Fernandes. Nos anos 80, a
cidade chegou a disputar o monopólio galerístico com São Paulo.
Thomas Cohn, que há três anos
trocou o Rio por São Paulo, explica esse refluxo com o fortalecimento das instituições no Rio.
"Sem a força das grandes instituições, as galerias perderam espaço
na mídia e também público. Em
São Paulo, temos uma visitação
muito maior", disse.
Ainda instalado no Rio, o galerista Paulo Fernandes encontra
outras justificativas. "As galerias
fecharam não por decadência da
arte, mas delas mesmas, que não
souberam se adaptar às novas regras do mercado, que está aquecido", disse. Este mês, Paulo Fernandes abre mostras de Rubens
Gerchman (dia 14) e José Resende
(dia 19).
O marchand Jean Boghici, que
trabalha principalmente com
obras modernas, acredita também que a Bienal, "por ser um foco capitalizador e distribuidor de
energia de arte contemporânea",
tenha sido responsável pelo predomínio de São Paulo.
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