DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto o Brasil aguardava "Celebridades" (1998), Woody Allen concluiu dois filmes -"Sweet and Lowdown" e "Small Time Crooks"- e já roda um terceiro. A defasagem entre o lançamento nos Estados Unidos e a estréia no Brasil tem uma base (a maxidesvalorização do real) e um efeito cascata.
"O filme foi comprado pela Top Tape em 1998 e, com a diferença cambial ocorrida em janeiro (de 1999), ficamos renegociando por quase um ano", diz Marco Aurélio Marcondes, diretor da distribuidora M. A. Marcondes, que lança "Celebridades" no Brasil.
Já "Sweet and Lowdown" teve seus direitos comprados pela Pandora no ano passado. "Pelo contrato, não podemos fazer o lançamento antes que "Celebridades" seja exibido no país. Daí, o atraso", diz o assessor de imprensa da distribuidora Léo Mendes.
A Pandora prevê a estréia de "Sweet and Lowdown", com o título de "Poucas e Boas", para o período do Natal. Já o lançamento de "Small Time Crooks" está anunciado para o primeiro semestre de 2001, pela M. A. Marcondes/Europa.
"Celebridades" chega ao Brasil com 22 cópias e estréia hoje apenas em São Paulo. As próximas cidades a assistirem o novo velho Allen são Campinas, Curitiba e Porto Alegre (dia 12) e Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília (dia 20). Esperam até o próximo dia 1º, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Goiânia.
O último filme de Woody Allen exibido no Brasil -"Desconstruindo Harry" (1997)- também não escapou de longo atraso. Chegou às telas no ano passado. A explicação se repete: "O filme demorou muito a ser comprado porque pediam preço exorbitante. Com a maxidesvalorização, a produtora foi inflexível a renegociações e atendeu outra proposta", diz Otelo Bettin, vice-presidente da Playarte Pictures. A outra proposta foi da Buena Vista, que distribuiu o filme no Brasil.


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