São Paulo, quinta, 6 de novembro de 1997. |
|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice MÚSICA Duran Duran renega os anos 80 e quer vir ao Brasil
DENISE BOBADILHA
Para alavancar "Medazzaland", a banda contou com uma estratégia de marketing bem de acordo com o final do milênio: o primeiro single do álbum, "Electric Barbarella", foi vendido primeiro na Internet, depois nas lojas. Para não ficar só cyberespaço, o Duran Duran inicia nas próximas semanas uma turnê norte-americana. Só estratégia, porém, não funciona. "Medazzaland" entrou no número 58 da parada norte-americana e caiu para 124 uma semana depois. Não alcançou melhores números na sua terra natal. Que sexo vende, como fazia a imagem de LeBon, Rhodes e os três Taylors (John, Andy e Roger) dos anos 80, todo mundo sabe. Só que hoje as adolescentes preferem colecionar fotos e comprar discos de alguém que fale e seja da sua geração. Se nos últimos trabalhos o grupo andava numa linha bamba entre Prince e Bon Jovi, agora resolveu acrescentar uma pitada de Prodigy e Beck, duas novas influências assumidas. Talvez dê certo. "Queremos tocar no Brasil no ano que vem", afirma Rhodes. "O público brasileiro é fantástico e tivemos excelentes recepções por lá", completa Cuccurullo, "brasileiro" por adoção: sua namorada e dois filhos moram no Rio e ele visita o país com bastante frequência. "As músicas de 'Medazzaland' têm a cara do que se ouve no Brasil, do que eu ouço na Barra (da Tijuca)", afirma Warren. Uma das razões para agradar ao público brasileiro, de acordo com a banda, é a preocupação do grupo em se aproximar da chamada "world music". Em "Medazzaland", uma faixa conta com um músico indiano. No álbum anterior, conhecido como "The Wedding Album", era "Breath After Breath", escrita e cantada por Milton Nascimento. "Nos conhecemos desde 88. Milton é genial", elogia Cuccurullo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
|