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COLEÇÃO FOLHA
Compositor tcheco tem três composições regidas pelo maestro Paavo Järvi, em ascensão no cenário musical
Volume se dedica a folclore de sinfonias de Dvorák
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Coleção Folha de Música
Clássica traz, na semana que vem,
uma estrela ascendente no cenário mundial da regência. O maestro norte-americano de origem
estoniana Paavo Järvi, 43, rege a
Royal Philharmonic Orchestra
em um disco completamente dedicado ao compositor tcheco Antonín Dvorák (1841-1904).
Järvi já esteve no Brasil em 1998,
regendo a excelente Philharmonia Orchestra, de Londres, no
Cultura Artística, em programa
que destacava a "Sinfonia nš 4" de
Mahler. Titular da Sinfônica de
Cincinnati (EUA), ele assume, a
partir da temporada 2005/2006, a
direção da Sinfônica da Rádio de
Frankfurt (Alemanha).
Paavo começou estudando percussão e regência em sua cidade
natal, Tallinn, até se mudar com o
pai, o também maestro Neeme
Järvi, em 1980, para os EUA, onde
foi aluno de Leonard Bernstein.
Sua expressiva carreira fonográfica inclui um Grammy, ganho em
2003 por seu registro de cantatas
de Sibelius pela Virgin Classics.
Na Coleção Folha de Música
Clássica, ele dirige composições
de Antonín Dvorák (pronuncia-se "dvórjak"), o principal autor
tcheco do século 19, que empregou com grande êxito elementos
folclóricos de sua terra natal em
sua música sinfônica.
Dvorák é o autor de concertos
para piano, violino e violoncelo,
óperas, música de câmera e nove
sinfonias. A última e mais popular
delas é conhecida como "Do Novo Mundo", por ter sido composta na América.
Ele já era um compositor consagrado quando foi convidado pela
mecenas Jeanette Thurber para
residir nos EUA, em 1892, para
transformar o Conservatório Nacional de Nova York numa instituição de ensino musical do nível
do Conservatório de Paris.
Durante os três anos que ficou
no país, Dvorák interessou-se por
expressar algo da música nativa
de índios e negros norte-americanos em suas criações, e é esse esforço que se vê refletido na "Sinfonia nš 9 - Do Novo Mundo".
Desde então, tem-se discutido
muito sobre o que há de realmente norte-americano e o que há de
tcheco na sinfonia. A popularidade da obra, contudo, parece seguir bem acima de tais querelas,
como mostra sua utilização nos
funerais da princesa Diana, no
Reino Unido, ou em filmes como
"A Estrada do Paraíso" (Austrália/EUA, 1997, de Bruce Bersford,
com Glenn Close e Cate Blanchett) e "Sabrina" (EUA, 1995, de
Sidney Pollack, com Harrison
Ford e Julia Ormond).
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