São Paulo, terça-feira, 06 de novembro de 2007

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Crítica

Wim Wenders alcança o ápice em "Amigo Americano"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Wim Wenders vivia na Alemanha namorando a América -essa terra do sonho cinematográfico. Isso rendeu aos filmes que fez ao longo dos anos 70 uma leveza e uma fluência característicos: tinha pouco do romantismo de um Herzog ou do desespero inconformista de um Fassbinder.
"O Amigo Americano" (TC Cult, 19h40), de 1977, talvez seja o apogeu de sua carreira. Na adaptação do livro de Patricia Highsmith, ele reunia um mito dos anos 60/70 na pessoa de Dennis Hopper e um fantástico ator alemão, Bruno Ganz. De quebra, introduzia no elenco a figura tutelar (e belíssima) de Nicholas Ray, mito do cinema, diretor de "Johnny Guitar" e "Juventude Transviada", entre outras obras-primas.
Wenders estava em seu ambiente: na Alemanha, cercado de presença americana, de Tom Ripley (Hopper) e um crime envolvendo falsificação, vigarice, sordidez, niilismo. Uma beleza. Depois veio a América de verdade. E Wenders nunca mais foi o mesmo.


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