São Paulo, sábado, 07 de fevereiro de 2004

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"Grife" francesa retorna ao português em abril

DA REPORTAGEM LOCAL

Mãe de um dos dicionários mais tradicionais do planeta -o centenário "Petit Larousse"- a editora francesa que batiza essa obra está voltando a investir pesado nesse setor no Brasil.
A Larousse brasileira, que começou a operar no país no ano passado, deve lançar já na Bienal do Livro, em abril, o primeiro produto de sua retomada nos dicionários de língua portuguesa.
O projeto, ainda cercado de segredos, deverá começar com um modelo "escolar". Segundo o diretor da empresa, o francês Jean-Christophe Marc, uma versão "grande" tem previsão de chegada às livrarias em 2005.
Os projetos da Larousse verde-amarela não param nessas duas fôrmas. Marc, que cumpriu a aparentemente difícil meta inicial de publicar cem títulos no ano de estréia no país, trabalha com o projeto de pôr nas estantes um dicionário, ou dois deles, a cada ano, de agora em diante.
O Larousse de língua portuguesa, que, segundo ele, vem "para brigar com os grandes", tem consultoria do Instituto Antonio Houaiss, que faz os dicionários desse sobrenome para a Objetiva.
Uma outra equipe trabalha em uma versão nacional do dicionário-enciclopédico "Petit Larousse", ainda sem data definida.
Não será a primeira vez que essa obra de referência, livro mais vendido na França, serve de base para uma edição brasileira. Nos anos 60 e 80, a Larousse -que teve no final do ano passado a sua venda do grupo Vivendi para o rival Lagardère sacramentada- teve experiências em parceria com outras editoras nacionais, como Delta e Nova Cultural, na área de enciclopédias, ou dicionários enciclopédicos, como o Koogan Larousse, supervisionado por Antonio Houaiss (1915-1999).
A família de dicionários que leva o nome desse filólogo é outra que terá novidades em breve. A Objetiva lançará em junho um novo produto com este selo e deve publicar outro formato em 2005.
Este mês, a versão maior do dicionário, que era impressa na Itália, vai ter sua primeira impressão brasileira lançada no mercado. Para isso, foram corrigidos 4.000 dos 228 mil verbetes da obra.
O outro "grande" do mercado, o "Moderno Dicionário da Língua Portuguesa - Michaelis", da editora Melhoramentos, também está passando por grande revisão. Sua nova versão deve vir a público só em 2008. (CEM)


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