São Paulo, segunda-feira, 07 de março de 2005

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FILMES E TV PAGA

Frankenstein - O Sonho Não Acabou
Record, 14h20.
  
(Frankenstein and Me). Canadá, 1995. Direção: Robert Tinnel. Com Jamieson Boulanger. Jovem fanático por filmes de terror encontra uma múmia caída na estrada (pertencente a um circo, para a coisa não ficar assim tão louca). Ele e outros adolescentes resolvem trazê-la de volta à vida, a fim de melhor aterrorizar seus professores. Enfim, um filme contra os estudos.

Forças do Destino
Globo, 15h50.
  
(Forces of Nature). EUA, 1999, 105 min. Direção: Bronwen Hughes. Com Ben Affleck. Noivo bem comportado prepara-se para o casamento, na Geórgia. No trajeto de Nova York até lá, no entanto, encontra uma garota bem atirada. Em resumo, carbono de "Levada da Breca" (1938).

Agente Biológico
Globo, 22h10.
 
(Derailed). EUA, 2001, 89 min. Direção: Bob Misiorowski. Com Jean-Claude van Damme, Tomas Arana, Laura Harring. Jack Kristoff se faz passar por executivo, mas na verdade é um agente especialista em contra-espionagem. O que qualquer um adivinharia, só de olhar para Van Damme.

Contos da Escuridão
SBT, 2h30.
  
(Tales from the Darkside - The Movie). EUA, 1990, 93 min. Direção: John Harrison. Com Christian Slater, Julianne Moore, Steve Buscemi. Três histórias de horror (originais de Conan Doyle, Stephen King e Michael McDowell) à maneira da série de TV de 1985, que por sua vez era uma variante de "Além da Imaginação". Só para São Paulo.

Intercine
Globo, 2h.

"O Casamento de Louise" (2001, de Betse de Paula, com Sílvia Buarque, Dira Paes, Marcos Palmeira, Murilo Grossi) e "Pra Frente Brasil" (1982, de Roberto Farias, com Reginaldo Faria, Antonio Fagundes, Natália do Valle) são os filmes brasileiros propostos ao espectador para abrir esta semana.

Segredos de Hollywood
Globo, 3h50.
 
(Hollywood Confidential). EUA, 1997. Direção: Reynaldo Villalobos. Com Edward James Olmos, Rick Aiello. Detetive de Los Angeles junta-se um grupo de tiras experientes para investigar casos quentes de Hollwyood. Para TV.

Um Trapalhão na Cadeia
SBT, 4h10.
  
(Ernest Goes to Jail). EUA, 1990, 82 min. Direção: John R. Cherry 3º. Com Jim Varney, Gailard Sartan. Um sósia bandido atrapalha a vida do bancário Ernest (Varney). Enquanto este vai para a cadeia, o bandido vai para o banco. Terceiro filme de uma série com o personagem Ernest, que rendeu elogios a Varney. Com exibição apenas para São Paulo. (IA)

O que restou da revolução?

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É estranho o critério da MGM: programa para horários infanto-juvenis este filme de Peter Brook que marcou época nos anos 60.
Hoje, "Marat/Sade" vai passar às 11h45, de maneira que os adultos que não estiverem doentes dançaram, a menos que gravem o filme.
Dá para perguntar o que será feito hoje deste filme. Nos anos 60, a peça de Peter Weiss narrava o assassinato de Jean-Paul Marat, tal como montado em um asilo para alienados pelo Marquês de Sade.
São duas figuras centrais de uma época, a da Revolução Francesa, que se encontram. Marat o revolucionário radical. Sade, o suposto louco e republicano.
Naquele tempo a idéia de revolução estava nas ruas. Hoje, não está. Mas a mise-en-scène de Peter Brook parecia uma maravilha. O que terá restado dela hoje?

ENTREVISTA

Wisnik aponta paradoxos da literatura

LUCIANA ARAUJO
DA REDAÇÃO

Há aqueles que conhecem suas músicas e descobrem que ele é professor de literatura, e vice-versa. Isso é o próprio José Miguel Wisnik quem conta. Para quem assistir à entrevista com ele, exibida hoje, às 22h, na TV Câmara, não restará dicotomia: a descoberta do músico e do literato se dá ao mesmo tempo, até quando o assunto é futebol. E que seja dito: clareza que fica por conta do próprio entrevistado e não do esforço do entrevistador.
Mário de Andrade, escritor que também era músico, é tema por boa parte do programa. Didático, Wisnik dá uma pequena aula sobre o projeto cultural -de unir a cultura letrada à criação coletiva popular- do autor de "Macunaíma" (1928). Aponta, inclusive, a leitura do Brasil ambivalente presente nessa obra, assim como os paradoxos do modernista.
"Mário de Andrade não escreveu sobre Noel Rosa ou Pixinguinha... A música popular urbana era o lugar onde de fato se realizaria o que ele apostou", avalia.
Wisnik discorre sobre diferentes manifestações, muitas vezes unindo-as como marcas de uma determinada época, mas sem embolar o meio de campo -o que as perguntas do jornalista Inimá Simões, bastante confuso, fazem o tempo todo.
Mesmo quando o assunto é futebol, tema sobre o qual Wisnik escreve um ensaio no momento, seu discurso não abandona a fisgada literária. "O futebol é sintomático de uma potência cultural", argumenta. Mais adiante, cita um texto escrito por Pasolini, após a Copa de 70: "Alemães e ingleses jogam em prosa, os italianos, numa prosa estetizante, e os brasileiros jogam em poesia".
Para Wisnik, o esporte de Pelé é literatura -um discurso. E desse ponto de vista dá sua opinião sobre o desempenho dos jogadores atuais, com a intertextualidade de sempre. "O futebol brasileiro está "à procura da poesia", para citar Drummond", diz.


Sintonia
Quando: hoje, às 22h, na TV Câmara



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