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Vista do buffet do restaurante Pucci do argentino Ramon Meza

JOSIMAR MELO
Colunista da Folha

Foi uma surpresa, a segunda visita ao restaurante Pucci, aberto em novembro do ano passado. Isso porque a primeira vez foi mais para decepcionante, requerendo ao menos mais uma tentativa antes de um julgamento negativo.
A segunda vez, semanas depois, mostrou qualidades que inicialmente não haviam desabrochado, mas podem agora se firmar.
A mudança não teve explicação óbvia, já que o time do restaurante não mudou.
Os proprietários continuam os mesmos: o argentino Ramon Meza, 58, no Brasil desde os anos 70 (foi por 15 anos sócio do bufê França em São Paulo), e seus filhos Luís Carlos (o Pucci), 28, e Alessandro, 25.
O chef de cozinha também é o mesmo, o belga Henri Magné, 53, há 20 no Brasil. Professor no Senac, onde estuda Luís, ele foi convidado para comandar a cozinha.
O cardápio é simples. Poderia ser mais de um bar, não fosse o evidente investimento no lugar pensando numa vocação de restaurante -como se nota pela cozinha envidraçada que pode ser avistada do salão.
A espinha dorsal são os grelhados, em torno dos quais giram molhos e acompanhamentos à escolha do cliente. Incapazes, no início, de acertar no ponto da carne, desta vez o Pucci não apenas serviu o entrecôte no ponto, ainda rosado (e acompanhado de uma boa manteiga de alho), como um salmão grelhado que ainda estava úmido, quase cru no centro: bem diferente do padrão corrente na cidade, onde impera o salmão ressecado por excesso de calor.
Os acompanhamentos -como cebola assada ou cuscuz marroquino- são corretos; há também uma oferta de massas de menor interesse. O almoço tem um bom preço (e bufê de salada carente de variedade de folhas). O Pucci não é tão mal quanto pareceu no começo.

$ (até R$ 22); $$ (R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim