São Paulo, sexta-feira, 07 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Coadjuvante se vê como personagem

especial para a Folha, em Los Angeles

Angelina Jolie é uma pessoa fora do comum (na infância, por exemplo, seu sonho era ser diretora de funerária). No trabalho, Jolie também é original. Ao contrário da maioria das atrizes, que dizem estar sempre buscando personagens bem diferentes de si próprias, ela admite seguir caminho oposto. "Não consigo me ver interpretando uma pessoa completamente diferente de mim", disse Jolie, 24, à Folha.
Em "Garota, Interrompida", Angelina Jolie é Lisa, a mais rebelde e temida paciente de uma instituição psiquiátrica do fim dos anos 60. Leia a seguir trechos da entrevista à Folha.
(CLÁUDIO CASTILHO)

Folha - O que você tem em comum com Lisa?
Angelina Jolie -
Muito mais do que eu admitiria em público (risos). A verdade é que não vejo nada de errado com Lisa, mas sim com as pessoas que estavam a seu redor e que não a entendiam. Lisa não queria sair matando como uma "serial killer", como muitos pensavam, somente queria ver as pessoas com mais vida. Esse era seu maior problema.
Ela ficou enlouquecida ao ver aqueles remédios sendo dados a pessoas que eram tratadas como loucas, quando, na verdade, estavam bem da cabeça. Ela simplesmente queria parar com toda aquela loucura.

Folha - Você se acha mais próxima de seu personagem ou de Susanna (Winona Ryder)?
Jolie -
Em todo filme que fiz até hoje, pode apostar que sou minha personagem. Sempre. Esse é, inclusive, o motivo por que resolvi fazê-lo. Não acho que deva interpretar o papel de alguém diferente de mim, porque não tenho o direito de tentar me passar por alguém que poderia ser mais bem interpretado por outra atriz. Estou à procura de mim mesma.

Folha - Dizem que, nas filmagens de "Garota, Interrompida", você e Winona não se entenderam bem.
Jolie -
Não é verdade. Winona é uma pessoa doce, mas não sou de muitas amizades. E, além do mais, para fazer com honestidade esse filme, eu tive de me afastar dela. Tinha de atacá-la no filme. Afastei-me dela para não cair no erro de protegê-la em cena.

Folha - Você fez terapia quando adolescente?
Jolie -
Tentaram me convencer, mas o fato é que eu não precisava (risos).


Texto Anterior: Atriz passou por clínica psiquiátrica
Próximo Texto: Cinema - Estréias: Kevin Costner desanca estúdio de "Por Amor"
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.