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Tributo a Maysa mostra suas várias facetas
DA SUCURSAL DO RIO
Maysa Figueira Monjardim
Matarazzo (1936-1977) era apenas
Maysa quando cantava. Mas existiam várias Maysas, não só a intérprete de músicas de fossa, faceta que a estigmatizou. Um show
em sua homenagem procura
mostrar, de hoje a domingo, no
Sesc Pompéia, a diversidade da
cantora e compositora.
No palco, haverá jovens do universo pop (Moska e Paula Lima)
recriando seu repertório. E sambas alegres de sua autoria que são
pouco conhecidos, como "Escuta,
Noel" e "Nego Malandro do Morro" -ambos serão cantados por
Virgínia Rodrigues.
"Esses são sambas da Lapa [carioca] mesmo. Ela transitava bem
entre os sambas da Lapa e os de
Ipanema", diz Léa Freire, diretora
musical do show, que aposta na
variedade de estilos para surpreender o público. "Os cantores
e arranjadores são muito diferentes entre si", diz. Laércio de Freitas, Proveta e Bocato estão entre
os arranjadores.
Paula Lima interpretará "Eu e a
Bossa" (Johnny Alf), "Dindi"
(Tom Jobim/Aloysio de Oliveira"
e "Resposta", uma das mais belas
canções de Maysa. Moska está escalado para "Por Causa de Você"
(Tom Jobim/Dolores Duran),
"Bom Dia, Tristeza" (Adoniran
Barbosa/Vinicius de Moraes) e "A
Mesma Rosa Amarela" (Capiba/
Carlos Pena Filho).
Já Peri Ribeiro, contemporâneo
de Maysa, cantará "O Barquinho"
(Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli), que os dois lançaram na
mesma época, e "Ne me Quitte
Pas" (Jacques Brel), um dos maiores sucessos da cantora. "Ele tinha
um bom gosto enorme, e não só
para músicas tristes. Quando a
gente se aprofunda, vê como era
uma mulher danada", diz Freire.
Maysa
Quando: hoje e amanhã, às 21 h, e dom.,
às 18h
Onde: Sesc Pompéia (rua Clélia, 93, tel.
3871-7700)
Quanto: entre R$ 8 e R$ 20
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