São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2008

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Amparado na fama, Ozzy Osbourne empolga o público

Show em São Paulo, ontem à noite, teve mordida em morcego de borracha, guitarrista sangrando e balde d'água

Show pontual e de som potente contou com público usando chifrinhos vermelhos e hits antigos como "Iron Man" e "Paranoid"

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL

Amparando-se mais no seu status de mito do heavy metal do que em sua precária forma física, Ozzy Osbourne empolgou os 39 mil fãs que encheram o Parque Antarctica, em show ontem que marcou sua volta a São Paulo após 13 anos e teve mordida em morcego de borracha e guitarrista sangrando.
A apresentação, com abertura das bandas Black Label Society e Korn, foi marcada pela pontualidade, pelo som estrondoso e pela participação do público nos clássicos do Black Sabbath -"War Pigs", "Iron Man" e "Paranoid"-, a banda em que Ozzy despontou.
Antes mesmo de entrar no palco, o cantor clamava pela participação do público, puxando dos bastidores o coro de "ôôô, Ozzy, Ozzy". Seguiram-se montagens de vídeos em que o astro, politicamente incorretíssimo, debochava de personalidades como a rainha Elizabeth 2ª e Heather Mills, ex-mulher de Paul McCartney.
O "Príncipe das Trevas" entrou em cena pouco antes das 22h30, ao som da nova e apropriada "I Don't Wanna Stop", em cujo refrão diz: "Toda minha vida/ Vivi exageradamente/ Não sei o que estou fazendo/ Só sei que não quero parar".
Formado em sua maioria por jovens que não testemunharam as outras visitas do astro ao Brasil (em 1985 e 1995), o público tratava com reverência o senhor cabeludo e barrigudo, que lhes jogava baldes de água.
Sucessos da fase solo de Ozzy como "Bark at the Moon" e "No More Tears" (esta, pedida em coro) também foram bem-recebidos. A platéia colaborou reforçando as imagens que ajudaram a construir a mitologia "satânica" do astro -boa parte da audiência, especialmente a feminina, usava chifrinhos vermelhos brilhantes (R$ 20 nos camelôs fora do estádio).
A certa altura, alguém ainda jogou um morcego de borracha no palco, e Ozzy, fazendo jus à fama, mordeu o bicho.
Não faltou nem o sangue, de verdade, cortesia do guitarrista Zakk Wylde, que cortou a mão (segundo a assessoria do evento, após socar a parede do camarim) e tocou as últimas canções -inclusive o enorme solo entre "Crazy Train" e "Iron Man"- sangrando bastante.

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