São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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Cabeleireiro diz não repetir o corte

DA REPORTAGEM LOCAL

O cabeleireiro de celebridades Wanderley Nunes, do Studio W, é autor do corte de cabelo de Vitória, de "Belíssima". Muito copiado pelas telespectadoras, o visual sofreu o processo de "saturação" dos vestidos da personagem. O próprio criador do "look" não o repete em suas clientes.
"Quando uma cliente pede, não faço igual ao da Vitória. Uso o estilo, mas mudo um pouco o corte, porque a pessoa não pode ser o final da fila. O cabelo começa a virar um trabalho que qualquer um pode fazer. Você chega em casa e sua empregada está com um cabelo mais bonito que o seu, entendeu!? Porque a filha da mãe tem o cabelo melhor do que o seu e fez o mesmo corte, ou seja, ferrou", brinca Nunes.
Ele nega que o cabelo de Vitória tenha se tornado brega. "Não costumo fazê-lo em outras pessoas porque sou exclusivo, faço um cabelo para cada um. Mas se pinto um quadro e um monte de gente falsifica, não tenho culpa".
Nunes explica como criou o corte de Vitória, que começou a novela na Grécia. "Fiz como se ela estivesse andando ao vento, aquela coisa de mulher dinâmica, de atitude, para frente. Por isso ficou aquele cabelo com vento."
Diz também que não pode mudar as madeixas da mocinha: "A personalidade dela não mudou ainda, não é uma mulher que se sofisticou. É o corte do personagem. E tem de ter uma continuidade, independentemente da minha opinião. Quando comecei a ser cabeleireiro de novela, não entendia muito isso. Uma vez, em uma novela, a Arlete Salles era uma delegada, entrou no banheiro, deu descarga e saiu de cabelo curto. Agora aprendi que tenho que respeitar a continuidade".
Segundo ele, a regra vale, em parte, para a vida real: "A pessoa não pode mudar de cabelo toda hora, porque demonstra não ter personalidade, que não está acertando. Pode mudar o cabelo no máximo duas vez por ano". (LM)


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