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TV PAGA
Produção estréia hoje no canal Telecine Premium
Terrorismo e mundo da espionagem inspiram a nova série "Sleeper Cell"
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com estréia hoje no Brasil,
"Sleeper Cell" mostra mais uma
vez como o cinema e a televisão
dos EUA parecem estar adiante
da realidade. A série trata de terrorismo; outra anterior, também
no Telecine, "Over There", mostrava soldados em ação no Iraque.
A história gira em torno de um
ex-presidiário muçulmano (o
ator Michael Ealy) que é agente
duplo, infiltrado numa célula terrorista em Los Angeles. O nome
da série -literalmente, "célula
dormente"- costumava ser empregado no mundo da espionagem para designar um agente infiltrado no inimigo, mas quieto,
sem operar -até o momento que
deixa de ser dormente e se torna
ativo, passando informações.
Um dos problemas da espionagem americana -pode-se dizer
mesmo da espionagem ocidental,
com a possível exceção de Israel-, é a falta de atenção à "humint" e um excesso de interesse
na "elint". Traduzindo: "inteligência humana", aquela coletada
por espiões de carne e osso; e "inteligência eletrônica", obtida por
sensores, de escuta telefônica a satélites de reconhecimento.
Na atual guerra com o terrorismo, o Ocidente se vê às voltas com
bom número de seguidores do
profeta Maomé. Parte significativa deles mora em lugares como o
Paquistão, o Sudão e o Afeganistão, onde um agente americano
jamais vai querer morar.
Colocar uma "sleeper cell" nesses lugares significaria condenar
um sujeito a uma vida difícil.
Mesmo um muçulmano-americano relutaria em ir morar numa
vila afegã. O "célula" da série tem
sorte, pois terroristas também se
aproveitam e parasitam comunidades islâmicas no Ocidente
-um perigo potencial mais imediato. O primeiro episódio mostra um dos temas recorrentes dos
filmes/livros de espionagem
-quem é quem? quem está de fato do meu lado?
A série teve uma primeira temporada de dez episódios e conseguiu chegar a uma segunda, com
mais oito. Já é um desempenho
melhor do que o de "Over There",
que deve ter assustado demais os
espectadores pelo realismo.
Sleeper Cell
Quando: hoje, às 13h, no Telecine
Premium
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