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TEATRO
Diretores, atores e cenógrafos chegam hoje para a Bienal Internacional de Teatro Jovem, no sul da França
Festival francês recebe peças teen brasileiras
LUIZ CAVERSAN
Diretor da Sucursal do Rio
Um grupo de 50 atores, diretores
e cenógrafos chega hoje a Lyon, no
sul da França, para mostrar aos
participantes da Bienal Internacional de Teatro Jovem um pouco do
teatro destinado a jovens que é
realizado no Brasil.
Três peças brasileiras participam
oficialmente do evento: "Andersen, o Contador de Histórias em o
Patinho Feio", "Doidas Folias" e
"Romeu e Isolda".
Criada em 1977 e considerada o
principal evento internacional do
gênero, a Bienal reúne grupos das
mais variadas origens, como Japão, Itália, Austrália, Canadá, Espanha, Grécia e a própria França.
As três peças que representarão o
Brasil estarão em Lyon com o patrocínio do Projeto Coca-Cola de
Teatro Jovem, que estimula montagens teatrais brasileiras destinadas ao público infantil e juvenil.
Mas a escolha das peças não foi
feita pela indústria de refrigerante.
Os espetáculos foram selecionados
pelos diretores da Bienal, Maurice
Yendt e Michel Dieuaide.
Ambos estiveram no Brasil em
1995, assistiram a 27 espetáculos
encenados no Rio de Janeiro e fizeram a escolha, convidando os espetáculos para a Bienal.
Hombu
Esta é a segunda vez que o Brasil
participa da Bienal. A anterior foi
em 1985, com o grupo mineiro
Hombu. Além da apresentação
dos espetáculos -cada um deles é
exibido mais de uma vez, em locais
diferentes, numa incrível maratona de 85 encenações-, a Bienal terá variados eventos paralelos, entre eles uma feira com estandes dos
países participantes e um fórum de
debates sobre os caminhos do teatro infanto-juvenil.
As peças brasileiras
As três peças brasileiras escolhidas tiveram carreira de sucesso no
país, recebendo prêmios em diversas categorias.
Em "Andersen", o autor e ator
Ricardo Blat apresenta diversas
histórias do autor clássico da literatura infantil Hans Christian Andersen, formatadas para o palco.
A direção é de Gilberto Gawronski, que com Blat atuou na
elogiada versão de "Na Solidão
dos Campos de Algodão", de Bernard-Marie Koltéz.
"Romeu e Isolda", montagem
da Companhia de Teatro Atores de
Laura, parte de um texto criado
coletivamente por 20 pessoas, em
que o foco é a busca permanente
do ser humano pela alma gêmea. A
direção é de Daniel Herz e Suzana
Kruger.
Em "Doidas Folias", Cristina
Bethencourt e Paloma Riani, diretoras, fazem uma homenagem ao
teatro de revista brasileiro, numa
comédia musical de inspiração variada.
Ao todo, as companhias brasileiras farão 18 apresentações na cidade de Lyon.
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