São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997.



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TEATRO
Diretores, atores e cenógrafos chegam hoje para a Bienal Internacional de Teatro Jovem, no sul da França
Festival francês recebe peças teen brasileiras

LUIZ CAVERSAN
Diretor da Sucursal do Rio

Um grupo de 50 atores, diretores e cenógrafos chega hoje a Lyon, no sul da França, para mostrar aos participantes da Bienal Internacional de Teatro Jovem um pouco do teatro destinado a jovens que é realizado no Brasil.
Três peças brasileiras participam oficialmente do evento: "Andersen, o Contador de Histórias em o Patinho Feio", "Doidas Folias" e "Romeu e Isolda".
Criada em 1977 e considerada o principal evento internacional do gênero, a Bienal reúne grupos das mais variadas origens, como Japão, Itália, Austrália, Canadá, Espanha, Grécia e a própria França.
As três peças que representarão o Brasil estarão em Lyon com o patrocínio do Projeto Coca-Cola de Teatro Jovem, que estimula montagens teatrais brasileiras destinadas ao público infantil e juvenil.
Mas a escolha das peças não foi feita pela indústria de refrigerante. Os espetáculos foram selecionados pelos diretores da Bienal, Maurice Yendt e Michel Dieuaide.
Ambos estiveram no Brasil em 1995, assistiram a 27 espetáculos encenados no Rio de Janeiro e fizeram a escolha, convidando os espetáculos para a Bienal.
Hombu
Esta é a segunda vez que o Brasil participa da Bienal. A anterior foi em 1985, com o grupo mineiro Hombu. Além da apresentação dos espetáculos -cada um deles é exibido mais de uma vez, em locais diferentes, numa incrível maratona de 85 encenações-, a Bienal terá variados eventos paralelos, entre eles uma feira com estandes dos países participantes e um fórum de debates sobre os caminhos do teatro infanto-juvenil.
As peças brasileiras
As três peças brasileiras escolhidas tiveram carreira de sucesso no país, recebendo prêmios em diversas categorias.
Em "Andersen", o autor e ator Ricardo Blat apresenta diversas histórias do autor clássico da literatura infantil Hans Christian Andersen, formatadas para o palco.
A direção é de Gilberto Gawronski, que com Blat atuou na elogiada versão de "Na Solidão dos Campos de Algodão", de Bernard-Marie Koltéz.
"Romeu e Isolda", montagem da Companhia de Teatro Atores de Laura, parte de um texto criado coletivamente por 20 pessoas, em que o foco é a busca permanente do ser humano pela alma gêmea. A direção é de Daniel Herz e Suzana Kruger.
Em "Doidas Folias", Cristina Bethencourt e Paloma Riani, diretoras, fazem uma homenagem ao teatro de revista brasileiro, numa comédia musical de inspiração variada.
Ao todo, as companhias brasileiras farão 18 apresentações na cidade de Lyon.



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