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RUÍDO
Novo selo leva Naná às bancas de jornal
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Um novo selo independente, o pernambucano Fábrica, irá se responsabilizar pelo
lançamento do novo disco do percussionista pernambucano Naná Vasconcelos, 58. "Minha Loa" terá inéditas e até um remix eletrônico feito pelo DJ Dolores. Músico de prestígio internacional utilizado mundo afora
por artistas como B.B. King, Pat Metheny, Paul Simon e Debbie
Harry, Naná apela agora no Brasil natal pela distribuição indie
em bancas de jornal, ao preço médio de R$ 15. Sai em julho.
Joaquim de Souza, um dos sócios do estúdio de gravação que
agora se amplia, explica a fundação do selo: "Começamos a gravar o CD em parceria com Naná
pensando em lançar por alguma
gravadora maior, mas não tivemos muito sucesso com elas e
decidimos lançar nós mesmos".
O selo não pára por aí. Na sequência, o Fábrica já planeja a
edição de "Micróbio do Frevo",
em que Silvério Pessoa (ex-Cascabulho) reinterpreta clássicos
de Jackson do Pandeiro.
O NÃO-LANÇAMENTO
A Sony já relançou "Vôo de Coração" (83), o disco "clássico" de Ritchie, mas
nenhum de seus outros cinco álbuns existe em CD. A falta maior quem faz é "...E a Vida Continua..." (84), também da Sony (0/xx/21/2559-5200, 0/xx/11/5507-2101), em que Ritchie aperfeiçoou sua original fórmula tecnopop criando, entre várias, as inesquecíveis (para quem ouviu) lanças pop "A Mulher Invisível" e "Só pra o Vento".
DRUM'N'MARACATU
E o pós-mangue beat DJ Dolores sai também em breve com "Contraditório", primeiro
CD com sua Orchestra Santa Massa. Misturando referências que vão de maracatu a drum'n'bass, o disco sai por outro selo pernambucano, Candeeiro, mas desta vez com apoio e distribuição da Trama.
RO RO RELEMBRADA
Após relançar todos os discos de Zizi Possi em seu catálogo, a Universal promete para os próximos dias a reedição, pela primeira vez, dos seis álbuns
que a antiga PolyGram gravou com a MPB-blueseira Angela Ro Ro, entre 1979 e 1985. Gal Costa é a próxima na fila, e devagarzinho a coisa vai...
O MELHOR DA MPB?
O circo de horrores prosseguiu na 9ª edição de entrega do prêmio musical do
canal Multishow. Só deu para Sandy (melhor cantora e show, derrotando Marisa Monte numa categoria e Cássia Eller na outra), SNZ (grupo-revelação, após o segundo CD) e Daniela Mercury (melhor música para "Mutante", gravada por Rita Lee há 21 anos). Medo, pânico, terror.
AMOR À ARTE?
A Sony relança, com propaganda de "edição especial remasterizada", o RPM de "Revoluções por Minuto" (85) e "Rádio Pirata ao Vivo" (86). Parece lindo,
mas notar que o terceiro "RPM" (88) foi esquecido e que a banda acaba de voltar à engrenagem da grana vendendo em dez dias 100 mil cópias do caça-níqueis "MTV
2002" (pela rival Universal) mostra que não é bem amor à arte que move a Sony.
VELHOS BÁRBAROS
Está marcado para 7 de dezembro, na praça da Paz do parque Ibirapuera, o show de
reunião dos Doces Bárbaros, grupo formado em 1976 por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia. Nada está preparado ainda -os ensaios só começam após a volta de Caetano e de Gil de turnês internacionais, no final
de julho. Já se fala em possível edição do show em disco -que se somaria, então, a mais um CD ao vivo que Bethânia deve lançar no segundo semestre e a uma
ainda não confirmada versão ao vivo do malsucedido "Gal de Todos os Amores" (2001).
psanches@folhasp.com.br
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