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Maitena põe mais poesia no humor
Cartunista argentina está no Brasil para promover dois novos livros, lançados pela Planeta, sua nova editora no país
Mais "boazinha" com os homens, Maitena diz que novos títulos têm um olhar reflexivo e que os gestos tomam o lugar das palavras
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
"Como estou gorda e velha!",
brinca a argentina Maitena, 44,
posando para fotos com uma fita métrica na mão. Com desenhos seus, que marcam o "contorno de um braço gordo" ou o
que "deveria corresponder a
busto e quadril, mas se refere à
cintura", a fita faz parte do material promocional que a cartunista criou para divulgar dois
novos lançamentos: "Curvas
Perigosas - Vol. 1 e 2", que chegam às livrarias brasileiras agora pela editora Planeta.
Maitena, cujas séries "Mulheres Alteradas" e "Superadas" foram lançadas no Brasil
pela Rocco e é publicada às
quintas no Equilíbrio, conta
que os novos títulos refletem
seu próprio amadurecimento.
Mais "boazinha" com eles,
Maitena retrata homens e mulheres com problemas parecidos. E um olhar poético às vezes toma o lugar da piada. Assim como o gesto, o da palavra.
Seu desenho preferido, no
entanto, guarda o humor que é
sua marca registrada: num
questionário, Maitena sugere
perguntas que se deve fazer a
um homem antes de começar
um caso com ele. Como "Sabe
dançar?", "É psicanalizado?" e
"Se cuida com relação a peso?".
Publicada em 12 línguas,
Maitena diz que a Islândia é
provavelmente o país mais estranho onde é lida. "É como se
fosse Júpiter ou Marte! Só consigo imaginar a Björk lendo!",
sugere a cartunista, editada em
mais de 30 países.
No Brasil, onde está pela terceira vez, não vê grandes discrepâncias entre a mulher que
retrata e as que vê pelas ruas de
São Paulo ou do Rio. Salvo que
aqui elas são menos "fashion
victims" e dançam melhor do
que as argentinas. Sobretudo as
mais "maduras", como as senhoras que viu dançar numa
academia ("típica situação de
seus livros") numa entrevista
para o programa "Saia Justa",
do GNT. "Elas certamente já
viveram muitos carnavais."
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