São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2007

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Em defesa da naturalidade, fashionistas cariocas decretam "cafonice" do silicone

ENVIADA ESPECIAL AO RIO

"As mulheres estão começando a perceber que não é bonito colocar silicone e parecer que saíram todas da mesma fôrma." A frase, da estilista Jacqueline Di Biase, da grife Salinas, resume a volta ao natural que se vê na edição de verão do Fashion Rio.
Enquanto as coleções mostram uma moda mais desencanada e esportiva, ter um físico natural começa a ser considerado, entre cariocas que entendem de praia e de estilo, mais elegante e menos cafona do que construir um corpo por meio de intervenções cirúrgicas que turbinam seios com silicone ou ampliam os lábios com botox.
"Muito silicone é cafona", decreta o stylist Antonio Frajado. "Esse ano percebo que as pessoas estão buscando um visual mais naturalmente saudável", acrescenta Jacqueline. "O que me incomoda é a questão tátil. A mulher perde completamente a naturalidade. Sou contra", diz o designer Muti Randolph.
A volta ao "próprio eu" alegra a atriz carioca Camila Pitanga -nenhuma plástica ou silicone no corpo. "Espero que as pessoas se aceitem e percebam que o legal é ser feliz com o que se têm. Sou defensora do natural", afirma a moça à Folha.
O ator Wagner Moura concorda e se diz "defensor da felicidade das pessoas". "Prefiro uma mulher natural. Mas consigo ver beleza em uma mulher com silicone, sim." Para ele, questionável é o modismo.
Até quem assume "ser silicone" começa a questionar a onda dos formas enormes graças às cirurgias. É o caso da atriz Preta Gil. "Tenho silicone, sim, e acho que em mim ficou ótimo, mas nem sempre fica bom para todo mundo", afirma a moça, que, apesar de seus próprios mililitros, também se diz contra a idéia de todo mundo ficar com o corpo parecido.
(NINA LEMOS)


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