|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em defesa da naturalidade, fashionistas cariocas decretam "cafonice" do silicone
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
"As mulheres estão começando a perceber que não é bonito colocar silicone e parecer
que saíram todas da mesma
fôrma." A frase, da estilista Jacqueline Di Biase, da grife Salinas, resume a volta ao natural
que se vê na edição de verão do
Fashion Rio.
Enquanto as coleções mostram uma moda mais desencanada e esportiva, ter um físico
natural começa a ser considerado, entre cariocas que entendem de praia e de estilo, mais
elegante e menos cafona do que
construir um corpo por meio
de intervenções cirúrgicas que
turbinam seios com silicone ou
ampliam os lábios com botox.
"Muito silicone é cafona", decreta o stylist Antonio Frajado.
"Esse ano percebo que as pessoas estão buscando um visual
mais naturalmente saudável",
acrescenta Jacqueline. "O que
me incomoda é a questão tátil.
A mulher perde completamente a naturalidade. Sou contra",
diz o designer Muti Randolph.
A volta ao "próprio eu" alegra
a atriz carioca Camila Pitanga
-nenhuma plástica ou silicone
no corpo. "Espero que as pessoas se aceitem e percebam que
o legal é ser feliz com o que se
têm. Sou defensora do natural",
afirma a moça à Folha.
O ator Wagner Moura concorda e se diz "defensor da felicidade das pessoas". "Prefiro
uma mulher natural. Mas consigo ver beleza em uma mulher
com silicone, sim." Para ele,
questionável é o modismo.
Até quem assume "ser silicone" começa a questionar a onda dos formas enormes graças
às cirurgias. É o caso da atriz
Preta Gil. "Tenho silicone, sim,
e acho que em mim ficou ótimo, mas nem sempre fica bom
para todo mundo", afirma a
moça, que, apesar de seus próprios mililitros, também se diz
contra a idéia de todo mundo
ficar com o corpo parecido.
(NINA LEMOS)
Texto Anterior: Timidez criativa marca primeiros dias do Fashion Rio Próximo Texto: Editora Nova Aguilar passa a integrar o grupo Ediouro Índice
|