São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2007

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Editora Nova Aguilar passa a integrar o grupo Ediouro

MARCOS STRECKER
DA REPORTAGEM LOCAL

A Ediouro deu ontem mais um passo para se consolidar como um dos dois maiores grupos editoriais do país, ao lado da editora Record. Por uma operação que envolveu a Nova Fronteira, editora que teve 100% de seu controle adquirido pela Ediouro em março passado, a Nova Aguilar passou a ser o décimo selo do grupo.
A Ediouro protagonizou os principais lances do mercado editorial brasileiro nos últimos dois anos. Além da aquisição da Nova Fronteira, já tinha se associado em 2006 com a gigante norte-americana de auto-ajuda Thomas Nelson, num investimento de R$ 3 milhões.
Segundo Mauro Palermo, diretor-superintendente da Nova Fronteira, não houve "troca de dinheiro" agora. "Os novos projetos serão feitos em conjunto, a parte comercial e a administração vão passar a ser feitas por nós, e ao final de três anos teremos a prerrogativa de compra da Nova Aguilar."
Inspirada na francesa Pléiade, a Nova Aguilar publica apenas obras completas de autores consagrados, com acabamento de luxo. Segundo Sebastião Lacerda, 65, que vai permanecer à frente da Nova Aguilar, a linha editorial vai continuar.
A Nova Fronteira não divulga seus números, mas Palermo aposta na continuação do processo de concentração no mercado editorial, "para enfrentar as espanholas", uma referência à editora Planeta e ao grupo Santillana/ Prisa. Este último adquiriu o controle das editoras Moderna, Salamandra e Objetiva, trazendo recentemente o selo Alfaguara ao Brasil.
Para a Nova Aguilar, é quase uma volta ao lar. Fundada nos anos 50, ela tinha sido adquirida em 1975 por Carlos Lacerda, fundador da Nova Fronteira. Desde 1996 era administrada por Sebastião Lacerda (um dos filhos de Carlos Lacerda), enquanto Carlos Augusto Lacerda, neto de Carlos Lacerda, havia ficado com o controle da Nova Fronteira (e deixou a editora em março).


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