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Editora Nova Aguilar passa a integrar o grupo Ediouro
MARCOS STRECKER
DA REPORTAGEM LOCAL
A Ediouro deu ontem mais
um passo para se consolidar
como um dos dois maiores
grupos editoriais do país, ao
lado da editora Record. Por
uma operação que envolveu
a Nova Fronteira, editora
que teve 100% de seu controle adquirido pela Ediouro em
março passado, a Nova Aguilar passou a ser o décimo selo
do grupo.
A Ediouro protagonizou os
principais lances do mercado editorial brasileiro nos últimos dois anos. Além da
aquisição da Nova Fronteira,
já tinha se associado em
2006 com a gigante norte-americana de auto-ajuda
Thomas Nelson, num investimento de R$ 3 milhões.
Segundo Mauro Palermo,
diretor-superintendente da
Nova Fronteira, não houve
"troca de dinheiro" agora.
"Os novos projetos serão feitos em conjunto, a parte comercial e a administração
vão passar a ser feitas por
nós, e ao final de três anos teremos a prerrogativa de
compra da Nova Aguilar."
Inspirada na francesa
Pléiade, a Nova Aguilar publica apenas obras completas
de autores consagrados, com
acabamento de luxo. Segundo Sebastião Lacerda, 65,
que vai permanecer à frente
da Nova Aguilar, a linha editorial vai continuar.
A Nova Fronteira não divulga seus números, mas Palermo aposta na continuação
do processo de concentração
no mercado editorial, "para
enfrentar as espanholas",
uma referência à editora Planeta e ao grupo Santillana/
Prisa. Este último adquiriu o
controle das editoras Moderna, Salamandra e Objetiva,
trazendo recentemente o selo Alfaguara ao Brasil.
Para a Nova Aguilar, é quase uma volta ao lar. Fundada
nos anos 50, ela tinha sido
adquirida em 1975 por Carlos Lacerda, fundador da Nova Fronteira. Desde 1996 era
administrada por Sebastião
Lacerda (um dos filhos de
Carlos Lacerda), enquanto
Carlos Augusto Lacerda, neto de Carlos Lacerda, havia
ficado com o controle da Nova Fronteira (e deixou a editora em março).
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