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Crítica
Força de "... E o Vento Levou" segue intacta
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O interesse pelos filmes se
transforma com o tempo, para
mais ou para menos. Menos, ao
que parece, quando se está falando de "... E o Vento Levou"
(Turner Classic Movies, 22h).
As décadas entram e saem, o
século novo chega e o filme rodado em 1939 por David O.
Selznick parece continuar lá
onde sempre esteve: não uma
saga da Guerra de Secessão,
mas a saga, aquela que concentra tudo o que existe de épico e
baixo, de romance e sofrimento, de ódio e amor do norte pelo
sul (dos Estados Unidos) e vice-versa.
Tudo está na história de
Scarlett O'Hara. Não importa
que seja bem mais interessante
e inventiva na primeira parte
do que na segunda, um tanto
soturna: o filme parece que não
cresce nem diminui, não ganha
nem perde com o tempo. Está
onde sempre esteve: grandioso,
imperfeito, mirabolante. Mas,
definitivamente, ainda muito
atraente.
Será que o mesmo ainda
acontece com "Longa Jornada Noite Adentro" (Telecine
Cult, 19h), de Sidney Lumet?
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