|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dave Matthews não ofende o pop
da Redação
Pop com violinos. Rock com
violoncelos e trompetes. Uma
mistura arriscada, várias vezes experimentada e poucas com resultados interessantes. Um raro caso
é "Before these Crowded
Streets", terceiro álbum -exceto
"Live at Red Rocks 8-15-95", ao
vivo- da Dave Matthews Band.
Ao ser lançado nos Estados Unidos, foi direto ao primeiro lugar
da parada da "Billboard", desbancando a trilha sonora de "Titanic", que estava havia 15 semanas consecutivas reinando absoluta na liderança.
As atenções se voltaram, então, a
um sul-africano, que foi morar na
Virginia (Estados Unidos) ainda
criança, com cara de gente "normal" e um ar abobalhado, Dave
Matthews, capa da revista
"Spin", de julho, sob o título "O
novo rei do rock. Quem sabia?".
Bom, nos Estados Unidos, qualquer coisa que venda milhões de
cópias é alçada ao panteão fugaz
de notoriedade.
Mas a Dave Matthews Band passa incólume a esse tipo de "reinado", com músicas com sofisticação acima da média para uma
banda pop -independente do
uso de instrumentos "estranhos"
ao gênero.
"Don't Drink the Water" é um
exemplo, apesar da participação
(discreta) de Alanis Morisette, nos
backing vocals. É bem verdade
que a voz de Matthews aqui pode
provocar certa confusão com a de
Eddie Vedder, do Pearl Jam.
É música pop até o osso, com
violinos idem, como "Last Stop",
mais pesada e vocais rangidos.
Às vezes, entretanto, a fórmula
não funciona tão bem, como em
"Crush", de melodia à Hootie
and the Blowfish, um excremento
universitário que imperceptivelmente sumiu do mapa.
Paul Simon e/ou James Taylor é
convocado em "The Dreaming
Tree", evidenciando irregularidades na segunda metade do disco.
Nessa imenso coração de mãe
que é o pop cabem Sonic Youth,
Smashing Pumpkins e Dave Matthews Band, uma banda quase
inofensiva, com formato para festivais de jazz e rock.
(MN)
Disco: Before these Crowded Streets
Banda: Dave Matthews Band
Lançamento: BMG
Quanto: R$ 18, em média
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|