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Internações se tornaram frequentes na vida do escritor
DA AGÊNCIA FOLHA
As internações se tornaram frequentes na vida de Jorge Amado a
partir de 1993, quando o escritor
baiano sofreu um infarto. Naquela ocasião, ele declarou que iria levar uma vida "mais tranquila".
Amado voltou algumas vezes
em 1996 ao hospital Aliança, em
Salvador (BA), após ser internado
em Paris com um edema pulmonar. Em outubro, foi submetido a
uma angioplastia (intervenção cirúrgica para desobstruir as artérias do coração) e passou uma semana internado.
No ano seguinte, Amado foi novamente internado para colocar
um marcapasso, aparelho que deveria regularizar a frequência cardíaca do escritor. Ele estava apresentando batimentos cardíacos
irregulares, apatia e sintomas de
cansaço físico.
O estado de saúde do escritor se
agravou neste ano. Foi internado
no dia 20 de junho na UTI do hospital Aliança com crise de hiperglicemia (excesso de açúcar no
sangue), decorrente da diabetes.
Por causa das altas taxas de açúcar, começou a ter distúrbios circulatórios que o levaram a um estado comatoso e a um princípio
de fibrilação (contração anormal
das cavidades do coração).
Em seus três primeiros dias de
UTI, o escritor somente conseguiu respirar com a ajuda de aparelhos. Na madrugada do dia 24,
surgiu um foco infeccioso no pulmão direito e nos rins do escritor
e foi necessário aumentar a dose
de antibióticos. As infecções foram controladas e ele teve uma
"expressiva melhora", de acordo
com os boletins médicos.
No dia 27, Jorge Amado deixou
a UTI e foi transferido para a unidade semi-intensiva. Dois dias
depois, voltou a se alimentar por
via oral (sucos e sopas).
Com a progressiva melhora, o
escritor foi para um quarto no dia
6 de julho. Após dez dias, na mesma data em que comemorou os
40 anos de posse como imortal na
Academia Brasileira de Letras, recebeu alta.
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