DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Em seus 70 anos de carreira, Jorge Amado teve obras traduzidas para 55 países em 49 idiomas, o que o torna o escritor brasileiro mais conhecido no exterior.
Sua carreira literária começou em 1931, com a publicação de ""O País do Carnaval". Nessa época, Amado tinha 19 anos.
De todos os 32 livros que escreveu, o mais vendido no exterior é ""Gabriela, Cravo e Canela", publicado em 1958 e traduzido para 30 idiomas.
No Brasil, o romance foi adaptado para a televisão e também para o cinema.
Segundo a pesquisadora Maried Carneiro, da Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador (BA), ""Capitães da Areia", publicado em 1937, é o romance de Jorge Amado que atingiu a maior vendagem no Brasil.
""Cada livro de Jorge Amado tem dezenas de edições e milhares de exemplares, o que dificulta contabilizar o número de unidades vendidas", explica a pesquisadora.
Somente na Fundação Casa de Jorge Amado estão registradas 85 publicações de autores nacionais e estrangeiros que falam sobre o escritor e sua obra.
Entre as publicações estrangeiras que estão registradas na fundação -livros, teses de mestrado e doutorado e ensaios-, há trabalhos vindos da Alemanha, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Porto Rico e Portugal.
Maior responsável pelo desenvolvimento da Bahia na primeira metade do século passado, o cacau é o tema central de cinco livros do escritor -"Cacau" (1933), "Terras do sem Fim" (1943), "São Jorge dos Ilhéus" (1944), "Gabriela, Cravo e Canela" (1958) e "Tocaia Grande" (1984).
Além dos livros sobre o ciclo do cacau, Jorge Amado escreveu romances urbanos ("A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água", "Dona Flor e Seus Dois Maridos", "Tendas dos Milagres"), romances que tratam de questões políticas ("O Cavaleiro da Esperança", "Os Subterrâneos da Liberdade") e ainda livros infantis ("O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", "A Bola e o Goleiro").
Suas últimas obras publicadas foram "Navegação de Cabotagem" (92), "A Descoberta da América pelos Turcos" (94) e o conto ""Milagre dos Pássaros", que foi publicado em 97.


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