São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2008

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IMS expõe fase mais "poética" do artista

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto a mostra no Museu de Arte Contemporânea (MAC) traça um percurso bastante amplo da produção de Samson Flexor, as cerca de 50 aquarelas em exposição no Instituto Moreira Salles (IMS) abarcam a última fase de criação do artista, a partir da década de 60. "Foi quando ele redescobriu a aquarela e quando as suas obras se tornaram mais fluídas e mais poéticas", conta André Flexor, filho do artista e coordenador das exposições, que vive em Paris. Uma outra diferença fundamental em relação à mostra no MAC é que no IMS os trabalhos não são estudos, mas pensados como obras mesmo. "Nessa série, podemos ver como a luz, por exemplo, torna-se imprescindível no trabalho de meu pai, já que as obras possuem uma luminosidade que é impressionante", afirma André Flexor. Em seus últimos anos de vida, Samson Flexor descobriu que sofria do coração, o que provocou a sua morte, aos 63 anos. A proximidade com a morte, de acordo com o filho, fez com que a figuração, que nunca havia sido completamente abandonada, ganhasse mais força em suas obras, mas com um teor um tanto pessimista, como se pode observar em algumas das aquarelas presentes na segunda sala da mostra. Nelas, por exemplo, há pedaços de corpo desmembrados -o que também é uma referência à tortura ocorrida durante a ditadura militar.
(FCY)

SAMSON FLEXOR - AQUARELAS
Quando: abertura hoje, às 19h30. De ter. a sex., das 13h às 19h; sáb. e dom., das 13h às 18h. Até 19/10
Onde: Instituto Moreira Salles (r. Piauí, 844, São Paulo, tel.: 0/xx/11/ 3825-2560; livre)
Quanto: entrada franca



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