JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

A Decanter acabou de colocar novamente em cena o seu Wine Show. A edição 2008 do evento, que terminou ontem em São Paulo, reuniu mais de 50 produtores da importadora. Durante dois dias, eles apresentaram seus vinhos ao público.
Na ala dos goles europeus, houve espumantes interessantes. Entre eles, agradaram um prosecco italiano, o Case Bianche Brut (frutas brancas, boa acidez, 88/100, R$ 71), e o espanhol Raventós I Blanc Gran Reserva Brut 2002, rico em boca, com bom corpo e traços tostados (90/100, R$ 125,40).
Belíssimo também o Barnaut Blanc de Noirs Grand Cru, um tremendo champanhe, complexo (pão fresco, avelãs, maçã em calda), encorpado e delicioso (93/100, R$ 184).
No canto dos brancos, menção para o português Muros Antigos Loureiro 2007, perfumado (pêssego, pêras maduras) e bem equilibrado (88/100, R$ 45,40).
No departamento rubro, brilharam um italiano de uvas primitivo, o Dunico, da Pervini (frutas confitadas, especiaria, boa concentração, 90/100, R$ 149), e um tempranillo espanhol: o Finca Muñoz Reserva de la Família 2005, macio, marcado por framboesas, com toque suave de madeira (89/100, R$ 59,80).
Houve também bons exemplares do novo mundo, como o sauvignon blanc 2007 da sul-africana Raka (grapefruit, maracujá, aspargos, 89/100, R$ 76) e o tannat 2005 da uruguaia Bouza (frutado e encorpado, com taninos firmes, 88/100, R$ 54,05).
Mas o destaque ficou com dois pinot noir chilenos. Um é o Le Pinot Noir Gran Vin 2006, da Villard, um vinho intenso e elegante, que mescla fruta e canela num final longo (90/100, R$ 126,50).
O outro, o Terranoble Reserva 2007, amplo, persistente, combinando cerejas e leves pinceladas de torrefação, mais saboroso (e mais barato) que muitos borgonhas (90/100, R$ 63,30). Todos à venda na Decanter (tel. 0/xx/11/3074-5454).


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