São Paulo, sexta, 7 de agosto de 1998

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Atração do Free Jazz lança CD de estréia

Divulgação
A banda Farofa Carioca, que lança seu CD de estréia, "Moro no Brasil"


LEANDRO FORTINO
enviado especial ao Rio

A panelinha musical formada por Planet Hemp, Squaws, Funky Fuckers e O Rappa, no bairro de Santa Teresa, no Rio, ganha mais um representante em disco que será lançado amanhã.
"Moro no Brasil" é o CD de estréia do octeto Farofa Carioca pela PolyGram. Formado há um ano, o grupo participa do Free Jazz Festival deste ano, abrindo as apresentações do músico Keb' Mo', no Rio e em São Paulo, e do guitarrista Jeff Beck, em Porto Alegre.
Se não receberem outros convites até o festival, esses serão os primeiros shows do Farofa Carioca fora do Rio. Lá, o grupo tem na bagagem um repertório de mais de 60 shows, o que ajudou à divulgação da mistura de estilos promovida pela banda, como funk, disco, hip-hop, jazz, reggae e, principalmente, samba.
"Chamamos o nosso som de mistura brasileira popular, pois, além da música, levamos ao palco referências do teatro, do circo", diz o vocalista e guitarrista Seu Jorge, que junto do flautista francês Bertrand Doussain, deu início ao embrião do Farofa, em 95.
Os dois se conheceram no teatro da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e tinham em mente um projeto que unisse vários estilos a apresentações teatrais e circenses. "Queríamos fazer um som no esquema de uma roda de samba, que pudesse ser levado a qualquer lugar", diz Jorge.
Passar esse espírito para o álbum "não foi difícil, mas foi uma responsabilidade enorme". "A gente começou sem conhecer a estrutura de um estúdio. Ficamos gravando durante dois meses no Cia. dos Técnicos, um lugar que tem tradição de samba. Queríamos criar em estúdio a mesma sonoridade da roda de samba", conta o baixista Sérgio Granha.
Quanto ao convite para tocar no Free Jazz, Seu Jorge explica: "A Monique Gardengerg (diretora da Dueto Produções) assistiu ao nosso show no final do ano passado, o "Farofa de Natal", e se interessou. Desde janeiro já sabíamos sobre os shows no festival".


O jornalista Leandro Fortino viajou a convite da gravadora PolyGram


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