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CINEMA
Lenda de bruxa faz "mágica" com custos, enfeitiça críticos e desagrada público
"Blair Witch" chega em setembro
ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local
"A Bruxa de Blair" é o nome em
português do filme mais badalado
do verão americano, o independente "The Blair Witch Project",
que chega aos cinemas do Brasil
em setembro deste ano. Para ampliar sua distribuição, a Europa
Filmes se associou a Fox/Warner.
O filme é um documentário fictício que mostra, em câmera subjetiva, o que sobrou das filmagens
feitas por três jovens estudantes
de cinema. Na história, o trio desaparece nas florestas nos arredores de uma cidade do interior dos
EUA quando está investigando a
lenda de uma bruxa.
"A Bruxa" custou apenas US$
60 mil para ser produzido, foi
comprado por US$ 1,1 milhão pela pequena Artisan e já rendeu
cerca de US$ 40 milhões no disputado mercado norte-americano, enfrentando sucessos como
"Noiva em Fuga", com Julia Roberts e Richard Gere, e "A Casa
Amaldiçoada", com Liam Neeson
e Catherine Zeta-Jones.
Diante do sucesso, o inevitável
aconteceu. A dupla de diretores
do filme, Eduardo Sanchez e Dan
Myrick, já anunciou que fará uma
sequência. Os diretores já rascunharam quatro idéias, incluindo
duas pré-sequências (que se passariam antes do primeiro filme).
Uma exploraria a lenda da bruxa
de Blair, outra poderia recontar a
lenda de um assassino em série
que é mencionado no filme. Outra possibilidade seria mostrar a
busca dos cineastas desaparecidos, no estilo do especial "Curse
of the Blair Witch" (A Maldição
da Bruxa de Blair), que o canal
Sci-Fi, dos EUA, exibiu. A quarta
premissa não foi divulgada.
Descontentamento
O mais curioso diante de tanto
sucesso é que Ed Mintz, diretor da
empresa de pesquisas Cinemascore Inc., diz que quem assistiu ao
filme não gostou.
Segundo Mintz, 60% das pessoas que entravam no cinema dizendo que "não podiam esperar
para ver o filme" saíam atribuindo-lhe no máximo nota C. Aqueles que foram ao cinema só para
acompanhar amigos, e tinham
menos interesse, gostaram ainda
menos, deram nota F. Os espectadores com idades entre 14 e 24
anos foram os que gostaram mais:
deram nota B+. Pessoas com
mais de 35 atribuíram-lhe nota F.
Mintz descobriu também que as
críticas positivas foram fundamentais para o sucesso do filme.
Quem leu ou ouviu algo sobre o
filme deu as maiores notas. Mas
há informes de que, após uma
sessão, alguns espectadores, enfurecidos por terem confiado nas
resenhas positivas dos jornais,
gritavam "matem os críticos".
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