São Paulo, sexta-feira, 07 de setembro de 2001

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Questão da TV deve ir ao Congresso

DA REPORTAGEM LOCAL

O texto inicial proposto pelo Gedic previa que as emissoras de TV destinassem 4% de seu faturamento ao cinema nacional, o que faria girar anualmente no mercado cerca de R$ 200 milhões.
A proposta gerou reação das redes, que fizeram pressão e conseguiram retirar a taxação do texto.
Evandro Guimarães, vice-presidente das Organizações Globo, fazia parte do Gedic, mas não representava as emissoras de TV concorrentes.
Na manhã de quarta-feira, a Casa Civil convocou Globo, SBT, Record e Bandeirantes para informar que havia excluído a contribuição obrigatória da medida.
Esse ponto e outros que afetariam as emissoras devem ser agora discutidos novamente e encaminhados ao Congresso Nacional em forma de projeto de lei.
Antes de seguir aos parlamentares, no entanto, é provável que seja redigido um anteprojeto e colocado em consulta pública, o que torna o prazo para decisões indefinido.
Fontes envolvidas na discussão ouvidas pela Folha avaliam que nada polêmico envolvendo as redes de televisão seja determinado no governo FHC.

Globo Filmes
Na medida assinada anteontem pelo presidente, há um ponto que toca as emissoras. A lei proíbe que produtoras de cinema associadas a redes de TV sejam beneficiadas por leis de incentivo fiscal.
Isso afetaria a Globo Filmes, braço cinematográfico das Organizações Globo.
Mas, na prática, não deve prejudicar os trabalhos da empresa. As obras são, geralmente, co-produções entre a Globo Filmes e uma produtora independente, que poderia conseguir arrecadar fundos com leis de incentivo.
Com a Condecine, a taxa de contribuição cobrada de obras estrangeiras, deve aumentar principalmente os custos de canais de TV por assinatura como Sony, HBO, Telecine e Fox.
(LM)


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