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Crítica
Witherspoon reinventa clichê da loira burra
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Certos filmes, em determinados momentos, parecem onipresentes. Há algum tempo era
"Um Lugar Chamado Notting
Hill". Agora é a vez de "Legalmente Loira", que hoje aparece no Telecine Light (22h).
Não que seja um grande filme, longe disso, e quem o dirigiu sabe, com toda certeza, que
calcou a tal ponto nos clichês
de loira burra -no início em
especial- que torna até mesmo um tanto difícil de engolir a
posterior transformação da
personagem.
O fato é que tudo aqui gira
em torno de clichês. Há também os aristocratas americanos. E depois os estudantes de
Harvard com seu pedantismo,
os advogados com suas mentiras etc. etc.
Comédias assim são feitas
para agitar os clichês, para
mostrá-los sob um novo aspecto. E é para isso que está lá uma
comediante talentosa como
Reese Whiterspoon. Sua presença torna crível mais o tipo
que encarna do que a personagem: se não houvesse a instituição da loira burra, a partir deste filme, acreditaríamos nela.
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