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Ator vê semelhança entre países
DO COLUNISTA DA FOLHA
Sam Neill nasceu na Irlanda do
Norte e tem nacionalidade neo-zelandesa, mas é um dos astros
mais famosos e requisitados da
Austrália.
Tem também uma carreira internacional consolidada, com filmes tão díspares quanto "O Parque dos Dinossauros", "Até o Fim
do Mundo" e "O Piano".
Neill está em dois dos oito longas programados para a 1ª Mostra
do Cinema Australiano de São
Paulo -"The Dish" e "My Mother Frank"-, que, segundo ele,
podem ser definidos como "comédias delicadas e irônicas".
No primeiro, seu papel é de um
cientista encarregado de coordenar a construção e operação da
grande antena receptora que, no
interior da Austrália, captaria as
imagens da primeira viagem do
homem à Lua, em 1969. No segundo, interpreta um rabugento
professor de literatura às voltas
com uma aluna cinquentona.
Instado pela Folha a recomendar filmes australianos recentes,
Neill cita três nos quais não atua:
"Two Hands", "Better than Sex" e
"Ned Kelly".
Em entrevista realizada por e-mail, o ator vê pontos de contato
culturais entre Austrália e Brasil:
"Ambos somos sociedades pós-coloniais, acossados pelo poder
da cultura norte-americana. Contudo, acho que vocês têm uma
vantagem no fato de que a língua
portuguesa lhes fornece uma espécie de selo que os distingue do
resto", afirma.
Segundo ele, um problema crônico do cinema australiano é que
os diretores e atores de sucesso
tendem a ser cooptados rapidamente por Hollywood.
Sam Neill se declara um admirador do atual cinema brasileiro.
"Hoje acho que o cinema mais vivo e vigoroso vem da América Latina. Amo especialmente "Cidade
de Deus", "Central do Brasil", "E
Sua Mãe Também" e "Amores
Brutos"."
Diretor bissexto, Neill promete
rodar no ano que vem em Melbourne "um pequeno filme com
elementos cômicos".
(JGC)
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