São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2004 |
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Noivo psicótico, noiva nervosa
"Kill Bill - Vol.2", continuação do "western-samurai-spaghetti" de Quentin Tarantino estréia amanhã no Brasil, mostrando a conclusão da saga da personagem vivida por Uma Thurman LESLIE FELPERIN DO "INDEPENDENT" A estrela das partes um e dois de "Kill Bill" se parece muito com uma mulher que, se não está à beira de um ataque de nervos, no mínimo passa por um dia muito ruim. Entra correndo no quarto de hotel onde devo entrevistá-la e resmunga algo sobre ter de fazer um telefonema, enquanto passa por nós e vai para a varanda, apertando as teclas de seu celular. Todo mundo quer Uma Thurman, 33, e o tempo dela é limitado. Isso significa que preciso dividir meu horário de entrevista com uma jornalista da Dinamarca. Filha de uma modelo sueca e de um professor de filosofia oriental, Thurman vem tentando provar há anos que é mais do que um rostinho bonito. Quando ela volta ao quarto, se parece menos com uma assassina letal do que com uma ocupadíssima mãe que trabalha fora, tendo um dia infernal. "Vocês viram o filme, ontem?", pergunta, tomando a iniciativa. "Sim", respondemos, tentando mostrar rostos amigáveis. Tentamos apelar aos seus instintos maternais e sugerimos que o final torna o filme uma espécie de história de amor, um romance familiar. Ela gostou desse aspecto? "Sim, acho que acontece uma tremenda virada, pela qual a personagem é arremessada de volta para a vida, porque, caso isso não acontecesse, ela poderia ter se aplicado uma palma explosiva de cinco pontos e morrido", diz, em referência a um golpe de kung-fu. Texto Anterior: Programação Próximo Texto: Cinema: "Violência é coisa de Quentin", diz Thurman Índice |
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