São Paulo, quarta-feira, 07 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CDs

Eletrônico
For Lack of a Better Name
DEADMAU5
Gravadora: EMI; Quanto: R$ 30, média; Avaliação: bom
O canadense Deadmau5 (nome de guerra de Joel Zimmerman) tem apenas 28 anos e já tornou-se um dos DJs/produtores mais populares do planeta. Culpa de faixas que empurram a temperatura para o alto, a partir do uso de agudos distorcidos e barulhentos e de graves bem colocados. Deadmau5 percebe que música eletrônica de pista muitas vezes depende mais de uma dinâmica crescente do que de melodia.
POR QUE OUVIR: Deadmau5 constrói faixas que emprestam elementos de estilos distintos, como electro, prog house e tecno, como nas criativas "FML" e "Ghosts "n" Stuff". Por isso seu apelo enorme. (THIAGO NEY)

Erudito
Das Lied von der Erde
CARLOS MORENO (REGENTE)
Gravadora: Algol Editora; Quanto: R$ 35, em média; Avaliação: bom
À frente de um seleto grupo de músicos, arregimentados sob o nome fantasia de Algol Ensemble, o maestro Carlos Moreno gravou "A Canção da Terra", de Gustav Mahler (1860-1911). Não na mais conhecida versão sinfônica, e sim na transcrição camerística preparada pelo germânico Rainer Riehn em 1983, a partir de trabalho prévio feito pelo austríaco Arnold Schönberg (1874-1951). Se o tenor Fernando Portari mostra dificuldades com sua parte, o barítono Rodrigo Esteves canta suas canções com emissão firme e uniforme.
POR QUE OUVIR: Apuro no encarte e na qualidade sonora fazem dessa uma boa produção nacional de uma obra-prima internacional. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

Sertanejo
Tiago & Juvenal
RODRIGO SATER E YASSÍR
Gravadora: Som Livre; Quanto: R$ 20, em média; Avaliação: bom
Embora oportunista por explorar os nomes dos personagens da recém-terminada "Paraíso", o disco de Rodrigo Sater (filho de Almir) e Yassír Chediak, cantores que interpretaram Tiago e Juvenal na novela, é bastante agradável por causa do repertório de qualidade e dos arranjos suaves, bem diferentes da histeria elétrico-tecladeira dos astros sertanejos do momento. Algumas músicas são óbvias ("Amanheceu, Peguei a Viola", "De Papo pro Ar"), mas antes a boa tradição do que as más novidades.
POR QUE OUVIR: É raro, hoje, um CD sertanejo em que predominem as modas de viola.
(LUIZ FERNANDO VIANNA)

Reggae/pop
Light
MATISYAHU
Gravadora: Sony; Quanto: R$ 30, média; Avaliação: ruim
O norte-americano Matisyahu ficou bastante conhecido em 2006, com o lançamento de seu segundo disco, "Youth". Talvez menos por qualquer mérito musical e mais por ser um judeu ortodoxo que canta reggae. Para "Light", ele chamou para ajudá-lo diversos produtores, que imprimiram toques de rap e pop. Mesmo assim, o resultado é fraco, inconsistente, aguado.
POR QUE NÃO OUVIR: Com "Youth", Matisyahu quase atingiu um sucesso considerável. Tentou alcançar a meta com "Light", mas esqueceu de colocar personalidade no disco, recheado por canções insípidas. (THIAGO NEY)

DVD

Jazz
Blue Note: A Story of Modern Jazz
VÁRIOS
Distribuidora: Music Brokers; Quanto: R$ 50, média; Avaliação: bom
Há 70 anos nascia a gravadora Blue Note. Criada por dois imigrantes alemães, a Blue Note se tornou uma das principais referências do jazz, tendo sido a casa de músicos como Wayne Shorter, Herbie Hancock e Dexter Gordon. Amparado por depoimentos de um seleto grupo de jazzistas, o documentário busca compor um panorama do lendário selo.
POR QUE ASSISTIR: Além das entrevistas, há raras imagens de John Coltrane e Thelonious Monk, entre outros, em ação. (FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Comentário: Adulta melancólica se torna criança leve
Próximo Texto: Conexão Pop: Rock do BR e soul dos EUA
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.