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Maestro defende música latina em debate na Folha
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com uma atuação que tem
privilegiado a produção das
Américas (EUA inclusive), o
maestro Giancarlo Guerrero
fez anteontem uma defesa
apaixonada do repertório do
continente, durante debate
promovido pela Folha.
"Tenho que apresentar a
música da minha terra", afirmou o diretor musical da Sinfônica de Nashville no debate "Música Clássica e Cultura
Latino-Americana", que
ocorreu na noite da última
terça, no auditório do jornal.
O evento contou com a
participação do compositor
Ronaldo Miranda e do colunista da Folha Manuel da
Costa Pinto.
A mediação ficou a cargo
de Sidney Molina, crítico da
Folha. Embora houvesse tradução simultânea no debate,
o regente preferiu comunicar-se com o público falando
no que ele mesmo classificou
como "portunhol".
Guerrero festejou a oportunidade que terá de reger
um repertório composto de
músicas latinas.
As apresentações serão na
Sala São Paulo, nos dias 14/
10, 15/10 (ambos às 21h) e
16/10 (às 16h30)."Em qualquer outro lado do mundo, o
departamento de marketing
teria um ataque cardíaco.
Em São Paulo, festeja-se."
Guerrero ressaltou ainda a
importância de encomendar
e executar obras dos compositores vivos.
"Para mim, o futuro da
música clássica está sendo
feito hoje. Se não renovarmos o repertório, se não escrevermos música relevante
para o público que vai aos
concertos, então iremos desaparecer em 50, cem anos."
"Mahler e Stravinski estarão sempre conosco, mas,
hoje, estamos criando os Mahlers e Stravinskis do futuro."
(IFP)
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