São Paulo, quarta-feira, 07 de novembro de 2007

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Crítica

Joan Crawford sofre, íntegra, em "Alma em Suplício"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não era fácil ser uma prima-dona na Hollywood clássica. Sofria-se intensamente antes de chegar a uma recompensa como o Oscar, como foi o caso de Joan Crawford por seu "Alma em Suplício" (TCM, 23h).
Não conheço relatos, mas a julgar pela fama deve ter sofrido nas mãos de Michael Curtiz, que era famoso por sua violência quando dirigia (filmes). Mas o roteiro, baseado em James M. Cain, é pura dor: Mildred Pierce é a mulher acusada de matar um homem.
Mas, olhando de perto, e isso é o que o filme faz, esse parece ser o menor dos seus problemas, já que ela parte de um casamento horroroso, luta para manter a guarda e criar as duas filhas, e destas não receberá nada que seja digno da palavra gratidão.
Crawford tinha integridade no sofrimento. Era dessas que seguram a peteca até o fim. Há algo próximo, quanto a isso, entre ela e Barbara Stanwick, outra estrelona, e que entra à 0h55 no TCM, em "Só a Mulher Peca", de Fritz Lang. Também aqui, o título diz tudo.


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