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São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2003

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TV

Boninho, diretor do "reality show" que retorna em janeiro, afirma que "mix de participantes" é atrativo para a audiência

Elenco é aposta para renovar "BBB 4"

CLÁUDIA CROITOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA, DO RIO

Na primeira edição, um rapaz conquistou a simpatia do público com seu jeito caipira e levou o prêmio de R$ 500 mil. Na segunda, o vencedor era do interior, com jeito caipira. Na terceira... mais um vencedor com jeito de caipira simpático. Mesmo com a repetição, os índices de audiência foram altos, e a Globo continua a acreditar no "Big Brother Brasil".
Às voltas com a produção da quarta edição do "reality show", que estréia em janeiro, o diretor J.B. de Oliveira, o Boninho, nega que a fórmula do programa esteja desgastada e aposta todas as fichas no elenco. "O formato se renova, principalmente com os novos participantes", diz. Segundo ele, esta é a edição com o maior número de pré-selecionados -as inscrições foram feitas com o envio de vídeos em que os candidatos se apresentavam.
Boninho conversou com a Folha por e-mail.

Folha - O sr. teme que a fórmula do "Big Brother Brasil" esteja desgastada? Que fazer para que o público não se canse?
J.B. de Oliveira -
A expectativa é a melhor possível, acreditamos que o programa terá a mesma receptividade dos outros três. O formato se renova, principalmente com o novo mix de participantes.

Folha - O que haverá de novo?
Oliveira -
Tudo muda. Decoração, provas e, principalmente, os moradores fazem a diferença. Não posso contar agora porque, do contrário, os participantes já entram sabendo, se preparam.

Folha - Recentemente, Mário Lucio Vaz [diretor da Central Globo de Controle de Qualidade] determinou a diminuição de palavrões e cenas de sexo na programação. Como isso influi no "BBB"?
Oliveira -
Não temos como influenciar ou administrar o que pode acontecer dentro da casa. Seria impossível pedir, por exemplo, para que eles falassem menos palavrões, isso seria uma forma de dirigi-los. Mas sempre temos o recurso da edição para evitar a exibição na TV Globo do que sai do padrão. Já a TV paga terá o material gerado ao vivo.

Folha - Uma das principais críticas aos "reality shows" é que se aproveitam de pessoas em situações-limite para atingir a audiência. Para o sr., qual é o limite para mostrar ou não cenas que possam expor demais os participantes?
Oliveira -
Procuramos nos focar em relacionamentos e escolhemos principalmente quem não está disposto a se exibir.

Folha - Quais são os critérios para manter o nível de qualidade?
Oliveira -
O que faz a diferença é a edição bem-humorada e crítica.

Folha - "No Limite" e "BBB" foram marcos na TV pelo formato inovador e grandes audiências. Mas "reality shows" produzidos pela Globo recentemente não tiveram muito sucesso. A fórmula está perdendo a força?
Oliveira -
O formato ocupou seu espaço. Na televisão aberta americana estão no ar mais de 20 "realities" e, na fechada, mais de 50. "Reality" é uma fórmula consagrada e absorvida pelas TVs. Alguns fazem mais sucesso, mas o formato chegou e se estabeleceu.


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