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Nabokov teve fama de devasso
da Reportagem Local
O russo Vladimir Nabokov
(1899-1977) conheceu o escândalo
em 1953, quando finalmente publicou sua imaginativa -e para
muitos perversa- história de
amor entre um professor e uma
garota ainda na infância.
Nabokov, um russo nascido na
cidade de São Petersburgo, filho de
um político, foi criado em meio a
aristocracia pré-revolucionária do
país, aprendendo inglês antes
mesmo da língua natal.
Com os comunistas tomando o
poder em 1917, parte para o exílio
na Inglaterra e outras localidades
da Europa.
Nos Estados Unidos, divide seu
tempo entre as atividades de professor e autor.
Nos anos 50, se espelhando na
rotina dos professores e alunos da
universidade Cornell, cria o personagem Humbert Humbert e a atração vertiginosa por uma enteada.
Quando o romance chegou às livrarias, foi chamado de gênio, depravado e devasso. Quase instantaneamente o livro teve a circulação proibida em vários países, inclusive nos EUA.
Depois de acaloradas discussões
nos tribunais, o livro, no final dos
anos 50, é finalmente liberado e,
assim, Nabokov é reconhecido como ``o mestre da linguagem poética'', nas palavras do crítico Harold
Bloom.
Mas isso não o livrou de ter criado um adjetivo perverso. Depois
de sua história, Lolita seria sempre
o nome usado para qualificar uma
jovem que sofre ou aceita um
amor degenerado.
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