São Paulo, sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

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CDs

Eletrônico
Oxygene (Edição Especial)
JEAN MICHEL JARRE
Gravadora:
EMI; Quanto: R$ 59, em média;
Avaliação: ótimo O francês Jean Michel Jarre revisita seu mais importante álbum, 30 anos depois de seu lançamento. O CD vem acompanhado de um DVD, no qual há uma versão em 3D, making of e uma explicação sobre os instrumentos usados, em filmagem e gravação com a mais avançada tecnologia.
POR QUE VER/OUVIR: ainda longe do rótulo "new age" ao qual sua obra seria colocada depois, Jarre, em 1977, conseguiu levar sua formação em música concreta com Pierre Schaeffer para o mundo pop, fazendo de "Oxygene" um grande sucesso, com mais de 12 milhões de discos vendidos. É uma espécie de precursor da música eletrônica contemporânea, com a reunião de incríveis instrumentos, hoje cultuados, em um estilo de gravação "caseira". A capa desenhada por Michel Granger prenuncia a preocupação ecológica muito antes dessa temática virar moda, principalmente entre os popstars. O DVD não é só um complemento e tem boas entrevistas com Jarre e os músicos que o acompanham. (MARIO GIOIA)

Infantil
Contos de Todos os Cantos
GIBA PEDROZA E RENATA MATTAR
Gravadora:
Pôr do Som (www.pordosom.com.br);
Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: bom Sem problemas em lançar uma proposta não-comercial (o disco traz duas músicas com 13 minutos), o contador de histórias Giba Pedroza se uniu à acordeonista Renata Mattar, instrumentista do Palavra Cantada, para divulgar a tradição oral de diversas culturas e países, com cantigas, trava-línguas e contos. Mistura, por exemplo, uma história chinesa musicada por uma canção do interior do Sergipe. O encarte traz ainda como cada um deles entrou em contato com as narrativas e as músicas e decidiram combiná-las.
POR QUE OUVIR: as crianças vão ter facilidade de aprender as diferenças de ritmos e instrumentos sem se cansar, porque eles alternam histórias e canções bem-amarradas, num clima para saudosos do "Bambalalão". Imperdível é "Par de Sapatos", conto sobre um casal de calçados que quer envelhecer juntos. Esta fábula transmite um amor ingênuo como não se vê nem mais nos contos infantis. (LÚCIA VALENTIM RODRIGUES)

Erudito
18º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga
LUÍS OTÁVIO SANTOS (REGENTE)
Gravadora:
independente; Quanto: R$ 42, em média; Avaliação: ótimo
Montada todos os anos, para cada edição do evento realizado em Juiz de Fora, a Orquestra Barroca do Festival, regida por Luís Otávio Santos, registrou, no ano passado, um disco ambicioso, contendo as três aberturas do mais destacado compositor brasileiro do período colonial, o padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), ao lado da grandiosa "Sinfonia nº 104", de Haydn, e dos acentos pré-românticos da "Sinfonia Wt 183" de C. P. E. Bach (filho do mestre barroco Johann Sebastian Bach). Violinista de talento, Santos tem arregimentado uma orquestra de nível internacional.
POR QUE OUVIR: brilho sonoro, afinação e compreensão do estilo clássico garantem o prazer da audição dos instrumentos de época de Juiz de Fora. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

Popular
Agô! - Cantos Sagrados de Brasil e Cuba
VÁRIOS
Gravadora:
Sambatá; Quanto: R$ 20, em média;
Avaliação: bom
Como indica o subtítulo "Cantos Sagrados de Brasil e Cuba", em "Agô!" predominam peças de domínio popular dos dois países, todas com um substrato religioso. Elas ganham um revestimento sofisticado, com instrumentos de percussão brasileiros e cubanos sendo acompanhados por piano, baixo, violão, guitarra, sopros e até cordas. O trabalho dos produtores Ari Colares e Dino Barioni e do diretor artístico Guga Stroeter -todos tocando no disco, que conta com músicos cubanos e o vocalista brasileiro Sapopemba- expande os limites da função religiosa sem tirar os pés do terreiro.
POR QUE OUVIR: os vínculos entre duas tradições musicais e culturas são expostos de forma respeitosa e prazerosa. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

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