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Música
Clubes recebem Mathew Jonson e Ben Klock
Canadense se apresenta hoje, no Clash; alemão toca amanhã, no Vegas, em SP
Enquanto o tecno de Jonson remete ao jazz e à música clássica, Klock tenta trazer ao país o clima do superclube Berghain
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Um quer levar para a pista as
influências que remetem do
jazz à música clássica. O outro
tenta transportar para São Paulo a atmosfera que ele proporciona em sua terra natal.
O primeiro, o canadense Mathew Jonson, se apresenta hoje
em São Paulo, no clube Clash. O
segundo, o alemão Ben Klock,
toca amanhã, no Vegas.
Jonson, que já esteve algumas vezes no Brasil, não se
apresenta como DJ, mas como
produtor (toca suas músicas ao
vivo). Além de seu trabalho solo, o canadense integra a banda
Cobblestone Jazz, dona de alguns hits como "Dump Truck"
e "India in Me". No ano passado, o trio arrancou elogios com
o disco "23 Seconds".
Filho de pai que estudava
música, Jonson começou a mexer em instrumentos eletrônicos quando tinha dez anos.
As aulas de piano que teve
quando adolescente e o interesse por música clássica e jazz
o diferenciam como produtor
de eletrônica.
"Claro que escrevo música
que faz as pessoas dançarem",
diz à Folha, "mas isso é só uma
parte do meu trabalho".
"Sei ler música, estudei piano clássico, conheço percussão,
bateria de jazz... Isso certamente me faz olhar para a eletrônica de forma diferente. Em
vez de programar uma linha de
baixo no computador, eu mesmo a toco."
Sua música reúne elementos
jazzísticos, da house e do tecno
clássicos, com melodias bem
trabalhadas por sintetizadores
e teclados. Entre suas faixas
mais conhecidas, está "Alpine
Rocket", produzida junto com
o chileno Luciano.
Jonson cita algumas diferenças entre as produções próprias e as feitas com o Cobblestone Jazz (www.myspace.com/cobblestonejazzmathewjonson).
"Com a banda, não temos o
propósito de tocar sempre
num clube. É música que pode
ser ouvida em casa, no carro, e
há idéias vindo de outras duas
pessoas. Em meu trabalho solo
posso experimentar mais as
minhas próprias idéias, e há
um pouco mais de espaço para
as músicas de pista".
Com tanto tempo na estrada,
Mathew Jonson consegue
manter suas músicas no setlist
de Sven Vath, Richie Hawtin,
Ricardo Villalobos e outros DJs
de ponta. O segredo?
"Tento ser o mais honesto
possível. Faço o que acho que
está na minha cabeça, em vez
de fazer o que está na moda.
Muitas das minhas músicas
nem toco no meu set", conta.
"E quanto mais velho eu fico,
mais tenho liberdade de lançar
apenas aquilo que gosto."
Em poucos meses, o canadense planeja colocar nas lojas
um disco ao vivo. No fim do
ano, pretende lançar mais um
disco de estúdio.
De Berlim a São Paulo
O alemão Ben Klock é DJ há
dez anos. Há três, sua carreira
deslanchou. Motivo: tornou-se
o residente do Berghain, meca
do tecno de Berlim e um dos
principais clubes do mundo.
Ele fala sobre o sucesso do
clube: "É uma combinação de
fatores. O lugar é incrível, um
prédio industrial enorme. O
soundsystem é o melhor que eu
já vi. E tem uma atmosfera singular. Não importa se você chegou ao clube às 2h ou às 11h, a
festa sempre vai continuar."
"Vou tentar trazer um pouco
do clube para São Paulo. Bem,
pelo menos a música."
SERVIÇO
MATHEW JONSON
Quando: hoje, a partir
das 24h
Outros DJs da noite: Mau
Mau e Pil Marques
Onde: Clash (r. Barra Funda,
969, Barra Funda, São Paulo;
tel. 3661-1500)
Quanto: de R$ 25 a R$ 40
(mulher entra de graça
até 1h)
BEN KLOCK
Quando: amanhã, a partir
das 24h
Outros DJs da noite: Magal
Onde: Vegas (r. Augusta, 765,
Consolação, São Paulo; tel.
0/xx/11/3231-3705)
Quanto: de R$ 25 (com nome
na lista) a R$ 35
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