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Série mostra a vida de dona de casa com transtorno de identidade
Personagem de Toni Collette para de tomar remédios para conhecer alter egos
CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se é verdade que é preciso assumir diferentes máscaras ao
longo da vida, Tara Gregson,
personagem de Toni Collette
em "United States of Tara", é
dessas que levam isso a sério.
Na série que estreia hoje na
Fox, ela é uma dona de casa
com transtorno dissociativo de
identidade e tem ao menos três
alter egos que surgem em situações que fogem ao seu controle.
Cada um a seu jeito, compõe estereótipos ambulantes que renderam a Collette um Emmy e
um Globo de Ouro.
Escrito por Diablo Cody (a
ex-stripper que levou o Oscar
por "Juno" em 2007) e com
produção de Steven Spielberg,
"United States of Tara" começa
quando Tara resolve parar com
os remédios e descobrir o que
originou a condição. Eis que
surgem as personalidades.
T é o lado adolescente. Tem
16 anos, fuma maconha, masca
chiclete e ajuda Tara a falar
com a filha e o marido sobre sexo. Já Alice é uma dona de casa
tradicional, de comercial de
margarina, que toma a frente
para manter a família unida.
Tão caricatural quanto as outras, mas mais realista, Buck é
um veterano de guerra que não
tira o cigarro da boca, ama armas, motos e pornografia e usa
o jeito durão para defender Tara e seus entes queridos.
Juntos, sabem de tudo o que
acontece com Tara que, quando "volta", não se lembra de nada. Assim, mais do que protegê-la de situações hostis, expressam sentimentos reprimidos e
exploram seus limites.
São como uma metáfora para
as facetas femininas de Tara,
que tenta gerenciar os papeis
de mãe, mulher e profissional.
Para além da interpretação
de Collette e dos bons diálogos
de Cody, o que sobra é o retrato
de uma família que vive seus
dramas comuns enquanto lida
com a condição da matriarca: o
marido é sexualmente frustrado, a filha busca afirmação e o
filho descobre sua sexualidade.
UNITED STATES OF TARA
Quando: estreia hoje; segundas, às
22h, na Fox
Classificação: 16 anos
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